O prefeito Chico Brasileiro vai analisar e responder nos próximos dias a proposta recebida na sexta-feira (03) - através de representantes de cinco entidades, diretórios e grêmios estudantis, um centro acadêmico e três coletivos - de implantação do passe livre escolar no sistema de transporte urbano de Foz do Iguaçu. Em documento entregue ao prefeito, eles afirmam que a tarifa zero aos jovens ajuda a evitar a evasão escolar e amplia o acesso ao trabalho e aos bens culturais, de saúde, lazer, turismo e aos eventos.
"Receber as lideranças do movimento estudantil com uma pauta específica como a do passe livre é muito importante. Fiz parte dos grêmios, centros acadêmicos e diretórios centrais e os estudantes são fundamentais na construção da cidadania crítica e participativa. Como está no documento, só tenho que agradecer aos estudantes que fizeram frente também no combate à pandemia da covid", destaca o prefeito.
Chico Brasileiro considera a demanda legítima, principalmente agora que se debate o modal de transporte no país inteiro e que em Foz do Iguaçu está caminhando para a resolução. "Vamos analisar, considerando os custos da proposta, e vou responder aos estudantes nos próximos dias", disse, emr elação ao documento entregue pelos diretórios centrais da Unila e Unioeste, centro acadêmico de filosofia da Unila, os grêmios estudantis da IFPR e Colégio Estadual Barão do Rio Branco, Umefi, os coletivos Paratodos e Cidadania e a Juventude Petista.
O atual sistema de transporte coletivo de Foz do Iguaçu já oferece meio passe livre para os estudantes e isenção da tarifa aos idosos acima de 60 anos e aos portadores de necessidades especiais. Isso representa 32% de um milhão de usuários por mês. O custo mensal do meio passe livre está na casa de R$ 120 mil mensais.
Documento
Para os estudantes, o passe livre é uma política pública essencial em relação à mobilidade urbana, direito à cidade e acesso aos espaços de saúde, lazer e cultura. E para acesso à educação nas universidades e colégios - evitando evasões - e estágio e no deslocamento ao trabalho. "A tarifa zero aos estudantes garante o acesso às atividades educacionais e outros direitos provenientes do ambiente escolar", afirmam as entidades ao citar os projetos de extensão e cursinhos pré-vestibulares.
"Mesmo os estudantes secundaristas ou de ensino técnico, estão na corrida diária na busca se sua formação cidadã e profissional, e logo estarão inseridos no mercado de trabalho", apontam ao lembrar que os estudantes de medicina da Unila ajudaram no combate à covid e os estágios dos estudantes de licenciaturas nos colégios públicos da região.
O documento assinado por Jovana Schimidt Farias (DCE Unila), Diogo Teixeira Soares (DCE Unioeste) e Yvina Schwertner (Umefi) afirma ainda que o passe livre garante um direito da Constituição de acesso à cidade e seus espaços de lazer e cultura. "Hoje, muitos dos moradores de Foz do Iguaçu, principalmente entre os jovens, nunca tiveram acesso ao ciclo turístico da própria cidade, atrações como: as Cataratas do Iguaçu, Marco das Três Fronteiras, Passeio Panorâmico na Itaipu, entre outros; o passe-livre garante o acesso a demais centros de convivência e atividades culturais como a Fartal e a Feira do Livro, e demais serviços públicos como hospitais, UPAs, UBSs, fóruns, cartórios, entre outros".
"É visível a vulnerabilidade do estudante em nossa sociedade, assim como a juventude; encontramos inúmeras dificuldades para a busca da estabilidade e acessar os direitos que nos são garantidos por lei. O Passe-Livre Estudantil, adotado por centenas de municípios Brasil afora, é um primeiro passo para integrar esse grupo que é tão essencial em nossa comunidade, que para além de ser o futuro, também é o presente!", completa o documento.
