Famílias interessadas em se tornarem acolhedoras para crianças e adolescentes em situação de acolhimento estão sendo convidadas a, especialmente, acolher bebês e crianças na primeira infância (de 0 a 6 anos), que atualmente estão abrigadas em instituições.
O Programa Família Acolhedora em Foz do Iguaçu é realizado pela Associação Fraternidade Aliança (AFA) em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social. Os atendimentos tiveram início em 2013 e, de lá pra cá, foram acolhidas mais de 180 crianças e adolescentes que precisaram ser afastadas de seus lares por medida de proteção aplicadas pelo Conselho Tutelar ou Poder Judiciário.
A coordenadora Euni Rodrigues, que está à frente do projeto desde 2016, explica que, nos nove anos de existência do programa, mais de 90% das crianças que passaram pelo acolhimento familiar e retornaram às famílias de origem não precisaram ser afastadas novamente.
“Um dos maiores receios de quem se propõe a ser uma família acolhedora é o medo do apego durante o acolhimento e do desapego quando chegar o momento de se despedir da criança e/ou adolescente após estabelecer vínculos afetivos devido à convivência” conta Euni. “Nosso serviço dispõe de todo apoio necessário em prol da família acolhedora, sempre lembrando que, durante o período em que a criança mais precisou de afeto e proteção, aquela família se dispôs a cuidá-la e isso faz uma grande diferença na vida daquela criança e/ou adolescente e isso é muito mais grandioso", complementa.
Embora Foz do Iguaçu tenha superado a meta nacional de 20% de acolhimento familiar às crianças e adolescentes em situação de acolhimento, estabelecida para 2025, a psicológica da AFA, Ana Clara Firmino Noguera, alerta que “hoje, do total de crianças e adolescentes afastados das famílias de origem e em situação de acolhimento, pelo menos 20 delas, de 0 a 6 anos, estão institucionalizadas, porque não temos famílias para acolhê-las”.
O acolhimento em ambiente familiar visa propiciar um atendimento mais humanizado e prevenir os efeitos da institucionalização, aos quais as crianças na primeira infância são particularmente vulneráveis. A Unicef aponta que para cada ano institucionalizada, uma criança nos primeiros anos de vida perde quatro meses do seu desenvolvimento e enfatiza a importância do acolhimento familiar.
O que é necessário para se tornar uma família acolhedora?
- Ter 25 anos ou mais;
- Morar em Foz do Iguaçu;
- Disponibilidade para participar dos processos de seleção, capacitação e acompanhamento;
- Apresentar documentação solicitada;
- Não ter interesse em adoção.
Contato para famílias interessadas: (45) 99829-0050 (WhatsApp)
