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Ciberataques em todo o mundo: perdas de mais de oito trilhões de dólares

Os custos globais dos ataques cibernéticos atingiram um recorde de US$ 8 trilhões em 2023 e pode aumentem ainda mais nos próximos anos.

Publicado em 17/04/2024 às 09:12

Os ataques informáticos em todo o mundo estão a tornar-se cada vez mais frequentes e sofisticados. O seu impacto financeiro, como veremos neste estudo aprofundado, parece devastador e, atualmente, não poupa nem empresas nem indivíduos.

Se até agora a atenção se centrava nas formas como estes ataques eram consumados, hoje a atenção centra-se na contagem dos danos, numa lista interminável de violações, de dados roubados e de sistemas que foram postos em causa em todo o mundo.

Os custos globais dos ataques cibernéticos atingiram um recorde de US$ 8 trilhões em 2023 e, infelizmente, espera-se que aumentem ainda mais nos próximos anos, conforme relatado pelo estudo aprofundado da ExpressVPN.

Cenários globais

Os dados fornecidos por vários relatórios e fontes fidedignas no domínio da segurança informática permitem-nos analisar os cenários de ataque actuais e futuros, mas também avaliar o impacto das perdas e as estratégias de defesa a adotar.

De facto, de acordo com o Data Breach Report da IBM, o custo médio de uma violação de dados foi de cerca de 4,45 milhões de dólares; o sector da saúde sofreu as perdas médias mais elevadas, com uma estimativa de 10,93 milhões de dólares por ano.

Os EUA, ainda de acordo com o relatório, foram o principal alvo de muitos ataques informáticos, com perdas médias de 9,48 milhões de dólares por ano devido a violações de dados. Em segundo lugar está o Médio Oriente, com perdas anuais de 8,07 milhões de dólares.

Estes números não só reflectem as enormes perdas financeiras sofridas pelas empresas, como também sublinham o impacto devastador que os ciberataques têm nos indivíduos, que são agora continuamente vítimas de phishing, roubo de identidade e outras formas de fraude financeira.

Projeções futuras

Para combater estes ataques, é necessário disseminar boas práticas de segurança digital, como a implementação de protocolos de autenticação robustos, a encriptação de dados através de uma VPN, actualizações regulares de software, etc.

Conhecer o inimigo e criar redes de vigilância contra os ciberataques mais comuns pode ser o primeiro passo importante para uma defesa eficaz: a verdadeira essência destes ataques é a falta de conhecimento do inimigo, que, precisamente por isso, detecta a vulnerabilidade e efectua o ataque.

Além disso, apesar dos esforços desenvolvidos pelas instituições e empresas para proteger as redes e os sistemas, os ataques são cada vez mais sofisticados, tornando a deteção preventiva cada vez mais difícil.

No que diz respeito às projecções futuras, de facto, as estimativas da Cybersecurity Ventures apontam para um aumento constante dos custos dos ciberataques nos próximos anos: em 2024, os ciberataques deverão custar ao mundo 9,5 biliões de dólares, um aumento de 19% em relação ao ano anterior. Esta tendência ascendente manter-se-á nos anos seguintes, com um aumento de 10,5% em 2025 e aumentos percentuais semelhantes até 2030, altura em que se prevê que o custo global dos ciberataques atinja o valor assustador de 17,9 biliões de dólares.

A questão é que prever o impacto financeiro exato dos ciberataques é muito difícil, dada a natureza dinâmica e mutável das ameaças digitais. As estimativas ajudam-nos a compreender os fundos que devem ser afectados à defesa e quais serão as possíveis consequências da falta de políticas preventivas para proteger o ciberespaço e aqueles que o frequentam.

Quem paga os danos causados pelos ciberataques?

Estas previsões têm em conta os rápidos desenvolvimentos tecnológicos, as tendências do sector e os eventos globais que podem influenciar o custo dos ciberataques.

De acordo com o Relatório de Violação de Dados 2023 da IBM, o custo dos ataques acaba por ir parar aos bolsos dos consumidores, que são depois confrontados com aumentos contínuos de preços.

Os ciberataques representam, por conseguinte, uma das ameaças mais graves e onerosas para as empresas e os particulares em todo o mundo. Tendo em conta as perdas financeiras estimadas, é fundamental estar preparado.

Precisamos de estratégias nacionais de ciberdefesa, de apoio às empresas para que reforcem os sistemas de proteção das suas redes de dados e, por último, mas não menos importante, de mais trabalho de divulgação, a começar pelas escolas e por todos aqueles que navegam na Internet com pouca consciência dos riscos envolvidos.  

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