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Investigação

Polícia investiga possível abuso sexual em bebê que morreu na UPA do Morumbi

A menina de apenas 11 meses, tinha Síndrome de Down e problemas cardíacos e chegou ao Pronto Atendimento na madrugada de terça-feira (9).

Publicado em 10/11/2021 às 14:07
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(Foto: Arquivo/PMFI)

Um bebê de apenas 11 meses morreu nesta terça-feira (9), na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Morumbi. De acordo com informações do boletim de ocorrência, a criança tinha Síndrome de Down, problemas cardíacos, e chegou à unidade por volta da 1h da madrugada de terça, com suspeita que tenha sofrido abuso sexual. O óbito da menina ocorreu por volta das 12h.

A UPA tentou a transferência da criança para o Hospital Municipal de Foz do Iguaçu, por se tratar de um caso grave, mas o pedido teria sido negado, de acordo com informações apuradas pela RPC.

Uma médica clínica-geral atendeu a menina e solicitou alguns exames, mas o aparelho de raio x não estaria funcionando. A criança chegou a ser entubada, mas não resistiu e morreu.

Em entrevista a RPC, o diretor clínico do Hospital Municipal de Foz do Iguaçu, André Fernandes Ribeiro Maia, representando a Fundação Municipal de Saúde que é responsável pelo funcionamento do Hospital Municipal e UPAs, afirmou que não houve recusa no atendimento a criança. Ele explicou que foram realizados exames na madrugada e que no momento da transferência ao hospital, por volta das 6h da manhã de ontem (9), a criança teria sofrido uma parada cardíaca, impossibilitando o deslocamento para o hospital. “Não tinha mais condições de transporte”, completou o diretor.

Sobre o atendimento ter sido feito por um clínico-geral e o não funcionamento da máquina de raio-x, André informou que não há pediatra 24h por dia nas UPAs e que as máquinas de raio x não estavam funcionando por problemas técnicos.

Ele informou que uma investigação interna, envolvendo o Hospital Municipal e UPA, está em andamento para apurar o atendimento feito à criança.

As investigações sobre a suspeita de abuso estão sendo feitas pela Polícia Civil através do Núcleo de Proteção a Criança e o Adolescente Vítima de Crimes (Nucria). A polícia não informou se já há suspeitos do crime.

Assista abaixo o esclarecimento da delegada do Nucria, Monica Ferracioli:


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