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Adere e Itaipu apostam na promoção de projetos criativos e sustentáveis

Curso com abordagem no método Dragon Dreaming e sociocracia foi apresentado a gestores públicos e privados de diversas áreas.

Publicado em 18/06/2018 às 03:55

(Foto: Divulgação)

Organizar sonhos, alinhar tomadas de decisão em equipe, com autonomia, responsabilidade e cooperação. O desafio lançado pela ADERE - Associação de Desenvolvimento de Esportes de Esportes Radicais e Ecologia, com apoio da Itaipu Binacional reuniu nos dias 15, 16 e 17 de junho na sede administrativa do Parque Nacional do Iguaçu, 35 empresários, gestores públicos e colaboradores para conhecer de perto o método Dragon Dreaming de realização de projetos criativos e detalhes  sobre a governança por pares, a Sociocracia.

A iniciativa faz parte do conjunto de ações promovidas pela ADERE e visa capacitar agentes para o desenvolvimento de ideias  em equipes, projetos colaborativos e sustentáveis. O curso, comandado pelas desenvolvedoras organizacionais, Tanya Stergiou e Ruth Andrade, contou com apoio da Cataratas S/A e ICMBio.

“Neste  curso a Adere  traz à Tríplice Fronteira novas técnicas mundiais de desenvolvimento organizacional, onde o indivíduo é  escutado aprendendo realmente a trabalhar em grupo independente da hierarquia”, explicou Taiuska Villa de Lima, membro da ADERE e idealizadora do encontro. Esta não é a primeira vez que a oficina acontece em Foz. Em 2017, o primeiro grupo também foi apresentado ao método.

Voltado para os setores público e privado, a iniciativa ofertou estratégias mais colaborativas, onde é possível atender a expectativas e necessidades. “O que os métodos mostram é um desviar de visão onde o poder é visto como algo escasso. Vemos aqui que é possível compartilhar poder com mais autonomia de decisão, reunindo todos num conceito de cooperação”, disse Ruth Andrade.

Para ela o paradigma individualista, onde o acúmulo representa sucesso, está em queda no mundo. “Hoje apostamos em sistemas vivos, onde é possível conectar círculos no sistema organizacional”.

Impressões

Membro da superintendência de Meio Ambiente da Itaipu Binacional, Marlene Osowski Curtis acredita que a aplicação do método traz mais objetividade e agilidade tanto nas relações quanto nos resultados. “Acredito que a sociocracia não destrói a vontade individual, mas reflete o desejo individual no coletivo”.

O trabalho relacionado à equivalência e eficácia, segundo ela pode ter espaço em empresas de quaisquer porte. A opinião também é corroborada por Sandra Tosi, da diretoria da Procuradoria Geral do Município. “Trazer uma proposta nova de gerenciamento é complexo, mas é possível sonhar no sentido de trazer o concreto de uma inovação e superar resistências. A possibilidade que nos dá é enxergar a realidade de forma mais ampla”.

Para o analista ambiental e chefe substituto do PNI, Edilson Esteves, o aprendizado oferta maneiras diferentes e eficazes de dialogar. “Estas são metodologias que contribuem para facilitar as discussões e novos mecanismos para dialogar são sempre bem-vindos. Como se cada um com seus diferentes pontos de vistas, pudessem interagir e contribuir de maneira ampla nas decisões”.

Mesmo nas instituições privadas, como a Frontur Agência de Turismo, a percepção do conceito inspirou Marcellle Cardoso, sócia-administrativa da empresa. “O que era antes ‘vestir a camisa da empresa, hoje evoluiu para algo mais humano, deixando de ser verticalizado para apostar na forma horizontal. Acho que não é difícil de ser aplicado, é preciso que vários setores conheçam o método para que a luz acende, como acendeu em mim”.

A motivação para o compartilhamento de métodos e ideias colaborativas, está entre os objetivos da ADERE, e deve permear a realização de mais cursos com esta temática.

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