Empresários do setor gastronômico, especialmente de bares e restaurantes de Foz do Iguaçu estiveram reunidos nesta quinta-feira (13). Entre o assunto da pauta, a insatisfação por conta de um novo decreto da prefeitura de Foz do Iguaçu, proibindo a circulação de pessoas das 18h de sábado até as 5h de segunda-feira pelos próximos dois finais de semana.
Isso acaba atingindo o setor gastronômico, que fica limitado somente ao atendimento por delivery. Na avaliação dos empresários, essas medidas afetam a economia da cidade e prejudicam centenas de empregos gerados por esses estabelecimentos.
Desta forma, os empresários criaram a campanha "Luto Pelo Emprego", com diversas faixas e cartazes espalhados pelos locais gastronômicos na cidade. "Decidimos que vamos manter a nossa campanha 'Luto Pelo Emprego'. Outros segmentos, além de bares e restaurantes, estão aderindo à campanha e vamos lutar para que o nosso prefeito encontre uma solução que não afete o emprego. São 14 meses sofrendo com esses fechamentos, ninguém aguenta mais!", desabafou o empresário Névio Rafain Júnior, um dos idealizadores do movimento.
São mais de 90 empresas envolvidas. Na quarta-feira (12), um grupo de empresários entregou um documento ao Ministério Público do Paraná, assinado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL), escritório Oeste, pedindo providências contra o lockdown. Para ler o documento na íntegra, clique aqui.
Em entrevista à imprensa local, o promotor Luiz Marcelo Mafra questionou os critérios utilizados pela prefeitura para a adoção dessas medidas.
A Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu (ACIFI) levantou a possibilidade de o decreto não ser acatado, inclusive a entidade entrou com uma medida judicial para que o decreto possa ser derrubado.
O prefeito Chico Brasileiro, em entrevista à Rádio Cultura nesta sexta-feira (14), ameaçou suspender por sete dias os alvarás de estabelecimentos que não respeitarem o decreto, e até pode cassar esses alvarás em definitivo. “Nós vamos agir dentro da lei, não estou agindo fora da lei, o STF (Supremo Tribunal Federal) nos deu autonomia para fazer a contenção da doença, agora se houver uma decisão judicial é claro que eu vou cumprir, eu sempre cumpro decisões judiciais” afirmou.
