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Decisão

Juiz nega prisão e determina medidas contra mulher que violou quarentena

Ministério Público investigou relatos de que ela teria trabalhado normalmente e ido a uma festa.

Publicado em 23/03/2020 às 22:29

(Foto: Reprodução/Google Maps)

O juiz de direito Alexandre Waltrick Calderari, substituto da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, determinou, na tarde desta segunda-feira (23), "medidas cautelares diversas da prisão" à paciente que foi a primeira diagnosticada com coronavírus na Terra das Cataratas.

Pela manhã, o Ministério Público do Estado do Paraná, por meio do promotor Luis Marcelo Mafra, pediu a prisão da mulher de 33 anos, que atua na área de saúde animal, após conclusão da investigação por violação de quarentena e crime contra a saúde pública.

A paciente, que apresentou os primeiros sintomas quando ainda estava na Europa, no dia 03, e retornou ao Brasil em 08/03, entrou em contato com o Plantão Coronavírus no dia 12 e recebeu, na ocasião, a orientação de guardar isolamento domiciliar até que os resultados dos exames confirmassem ou descartassem a suspeita.

No dia 14, entretanto, ela teria frequentado uma festa com cerca de 200 convidados, conforme relatos compartilhados por pessoas que estiveram no evento, por meio das redes sociais.

No entendimento do juiz que analisou o caso, a requerida deve observar medidas cautelares que, se não forem cumpridas, autorizarão a decretação de prisão preventiva ou de sua substitutiva prisão domiciliar. As medidas incluem suspensão do exercício de sua atividade de natureza econômica, recolhimento domiciliar, proibição de acesso ou frequência a locais públicos ou privados que sejam frequentados por outras pessoas, proibição de manter contato pessoal próximo com qualquer outra pessoa e proibição de ausentar-se da Comarca.

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