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Natureza

Lontra resgatada é a nova moradora do Refúgio Bela Vista, em Foz do Iguaçu

A filhotinha foi encontrada no litoral do Paraná e, após receber cuidados no Centro de Reabilitação de Fauna Marinha da UFPR, veio para o lar definitivo.

Publicado em 07/07/2020 às 03:07

(Foto: Assessoria)

(Foto: Assessoria)

(Foto: Assessoria)

A família de habitantes do Refúgio Biológico Bela Vista, da usina de Itaipu, ganhou mais uma integrante no dia 24 de junho. A filhote de lontra-neotropical (Lontra longicaudis) Mara, que tem apenas dois meses de vida, foi encontrada em Guaratuba, no litoral do Paraná, no mês de maio. Ela recebeu os cuidados iniciais da equipe do Centro de Reabilitação de Fauna Marinha (CRD) do Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), e graças a uma parceria entre as instituições, ganhou lar definitivo em Foz do Iguaçu (PR).

O Refúgio, que completou 36 anos no dia 27 de junho, recebeu a bebê como um presente. O espaço tem duas lontras macho da mesma espécie em seu plantel – Yuri e Bigode – e, agora, com a chegada da fêmea, surge a possibilidade de iniciar um projeto de reprodução em cativeiro para a futura reintrodução de indivíduos na natureza. Isso deve acontecer a médio prazo, quando Mara já estiver mais desenvolvida.

“O fato deste exemplar da espécie não ter condições de se reintegrar ao seu ambiente natural abre uma oportunidade para uma ação de conservação da espécie, por meio da reprodução em ambiente artificial”, explicou o superintendente de Gestão Ambiental da Itaipu, Ariel Scheffer.

A espécie Lontra longicaudis é classificada como “quase ameaçada de extinção” pelo Institituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

A pequena lontra viverá em um recinto específico para a espécie. “O ambiente que preparamos para a lontrinha é de qualidade, e possui um amplo espaço desenhado para suas necessidades e é enriquecido com elementos naturais de seu habitat”, disse Scheffer.

Segundo o médico veterinário Zalmir Silvino Cubas, da Itaipu, a lontra está bem adaptada e já ganhou peso desde a chegada a Foz. “Ela passa os dias no recinto fechado, onde nada e se exercita. À noite a levamos para o Hospital Veterinário, onde a temperatura é controlada”, informa. E, mesmo tendo vindo do litoral, ela parece estar se sentindo em casa: essa espécie de lontra é encontrada em todo o Paraná, inclusive na área do Reservatório da Itaipu.  

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