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Operação especial para ajudar na navegação dos países vizinhos termina hoje

Centenas de barcaças do Paraguai e Argentina carregadas de grãos puderam seguir rumo aos seus portos com a ajuda da usina de Itaipu.

Publicado em 29/05/2020 às 00:10

(Foto: Rubens Fraulini/Itaipu Binacional)

(Foto: Rubens Fraulini/Itaipu Binacional)

A usina de Itaipu termina nesta sexta-feira (29) a operação de aumento na defluência que, devido à baixa demanda atual do Brasil e do Paraguai, resultou na abertura intermitente do vertedouro para ajudar o Paraguai e a Argentina a escoar a safra de grãos por suas hidrovias. Graças a uma precisão "milimétrica", a área técnica está cumprindo a meta de enviar 8.500 metros cúbicos de água (m³/s) para elevar o nível do Rio Paraná, a jusante da barragem, otimizando água e energia, com o menor desperdício possível de matéria-prima. 

Depois de um dia fechado na quarta-feira (27), o primeiro desde o início da operação, em 18 de maio, o vertedouro de Itaipu voltou a abrir nesta quinta-feira (28). O vertimento iniciado às 3h30 com liberação de 915 m³/s ocorrer até as 15h30, mas foi antecipado para as 8h.

Os países vizinhos afetados pela estiagem histórica vinham negociando uma saída para escoar suas safras. Com a ajuda do Brasil, 150 de barcaças paraguaias carregadas de soja, retidas pela estiagem do Rio Paraná, já estão a caminho de portos argentinos e uruguaios. A última leva, de 86 barcaças, saiu na quarta-feira (27). Com isso, Itaipu cumpre o acordo com o Paraguai e a Argentina, liberando água suficiente para garantir a navegabilidade na hidrovia que transporta a safra de grãos.

Ao longo da operação, foi negociada com o Operador Nacional do Sistema (ONS) uma maior produção de energia, reduzindo, assim, a quantidade de água que seria escoada pelo vertedouro. Com isso, o vertimento foi 13% inferior ao planejado. Com as chuvas recentes e o consequente aumento da vazão do Rio Iguaçu, até o final da Operação Especial, a redução do vertimento pode ser ainda maior. As chuvas acima também contribuíram para o resultado, além do trabalho preciso da técnica. 

O superintendente de Operação, José Benedito Mota Júnior enfatiza que o “sucesso da operação se deve principalmente à sinergia entre as diferentes áreas da operação associada à alta disponibilidade das unidades geradoras mantidas pela equipe de manutenção”.


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