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meio ambiente

Prefeitura lança projeto de revitalização dos principais rios

Programa Reinventando Foz vai reduzir alagamentos, diminuir a emissão de poluentes e impulsionar o turismo local.

Publicado em 17/07/2018 às 22:12
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(Foto: Divulgação/PMFI)

Valorizar os rios urbanos de Foz do Iguaçu, diminuir a emissão de poluentes, melhorar a qualidade da água, reduzir à zero o número de alagamentos e impulsionar o turismo local. Estes são alguns dos objetivos do Programa “Reinventando Foz”, lançado na manhã desta terça-feira (17), e que prevê a recuperação dos três afluentes do Rio Paraná: Rio Boicy, Rio Monjolo e Arroio Ouro Verde, junto com a criação de corredores da biodiversidade, a renaturalização da mata ciliar, construção de ciclovias, pistas de caminhada, parques e jardins por toda a extensão dos rios. 

Os detalhes do projeto foram apresentados pelo prefeito Chico Brasileiro durante uma coletiva de imprensa no Parque Monjolo, no Jardim Central. Participaram do evento representantes da Itaipu Binacional, Parque Tecnológico de Itaipu (PTI), Sanepar e diretores da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) – principal parceira do programa. 

Chico iniciou sua explanação lembrando o quanto Foz do Iguaçu sofre com alagamentos. “São cerca de 30 casos de alagamentos por ano, prejudicando o comércio, os serviços e a mobilidade. Com o projeto de recuperação do Rio Boicy, faremos uma drenagem urbana, com a criação de bacias de retenção”, explicou. 

O Programa Reinventando Foz também vai promover o desenvolvimento urbano sustentável da cidade e potencializar o crescimento econômico por meio do turismo e da geração de empregos. “Não podemos pensar no futuro de Foz sem pensar nos nossos rios, que hoje estão escondidos dentro da cidade. Queremos mostrar os rios para a população e também para os turistas, e proporcionar um encontro harmônico do homem com a natureza, dentro do conceito de cidades biofílicas, que valorizam a conexão do homem com a natureza e outras formas de vida”, completou o prefeito. 

O projeto será divido em etapas e prevê, até 2020, a restauração completa dos 10,12 Km do Rio Boicy, dos 3,6 Km do Rio Monjolo e dos 4,4 km do Arroio Ouro Verde, e a integração da cidade por meio de corredores verdes. 

Antes disso, serão construídas ciclovias, implantados equipamentos esportivos e programas de educação ambiental em parceria com a Itaipu e o PTI. A Prefeitura também implementará, através do Instituto de Habitação (Fozhabita), um programa de remanejamento de famílias ribeirinhas em situação de vulnerabilidade social. 

Representante da Agência Francesa de Desenvolvimento no Brasil (AFD),  Laure Marie Schalchli disse que o órgão recebeu o projeto com muita satisfação e acredita em seu pleno desenvolvimento. “A Prefeitura de Foz foi dialogar conosco no ano passado e apresentar o  projeto, que pra nós é muito especial porque concilia várias vertentes de preservação da biodiversidade, combate as mudanças climáticas, e também o serviço social e de desenvolvimento econômico, através do ecoturismo. Esse conjunto de ações faz desse projeto algo pioneiro, interessante e alinhado as nossas prioridades”, pontuou. 

AFD

Principal apoiadora do Programa “Reinventando Foz”, a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) investe em projetos sustentáveis no Brasil desde 2007. Para oferecer empréstimos para prefeituras, governos estaduais e empresas públicas, os projetos devem estar diretamente relacionados à conservação ambiental e à melhoria na qualidade de vida da população mais carente. 

Nos últimos 10 anos, a Agência investiu mais de 1,8 bilhões de Euros para o financiamento de 38 projetos sustentáveis no país, 70% dos quais contribuíram para a agenda do clima (mobilidade urbana, cidade sustentável, energia e gestão sustentável dos recursos naturais). No Paraná, as cidades de Curitiba e Toledo já foram beneficiadas com recursos e os projetos estão sendo desenvolvidos desde 2010 e 2012, respectivamente. 

Em Foz serão investidos R$ 113 milhões para os projetos iniciais, com a contrapartida do município de R$ 28 milhões, totalizando R$ 142 milhões. Os valores serão pagos a juros de 2% ao ano com recursos dos Royalties de Itaipu. 

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