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ambiental

Vila A ganha 2.700 mudas de árvores nativas em área degradada

Plantio de mudas contribui com regeneração vegetal de fragmento florestal na entrada da Vila A.

Publicado em 29/05/2020 às 05:21
Atualizado em

(Foto: Sara Cheida/Itaipu Binacional)

(Foto: Sara Cheida/Itaipu Binacional)

(Foto: Sara Cheida/Itaipu Binacional)

(Foto: Sara Cheida/Itaipu Binacional)

O plantio de 2.700 mudas de árvores nativas vai mudar por completo uma área degradada na borda de um fragmento florestal de cerca de 100 hectares, na entrada da Vila A. A recomposição florestal começou a ser feita nesta sexta-feira (29), por profissionais da Itaipu e de uma empresa contratada. O plantio atende à compensação ambiental devido ao corte de árvores para a implantação de uma ciclovia naquela região.

“Nós aproveitamos que teríamos que fazer este plantio de compensação e escolhemos este local para alocar as plantas”, explica a engenheira florestal, Veridiana Pereira, da Divisão de Áreas Protegidas da Itaipu. “Esta área estava bastante degrada e já tinha sido submetida a um plantio da Itaipu há quase 20 anos. Sobrou só esta pequena região”.

Para recompor a região, foram escolhidas 50 diferentes espécies nativas, do viveiro florestal do Refúgio Biológico Bela Vista. “Para fazer a restauração, nós pensamos em restaurar os processos ecológicos. Por isso, trouxemos árvores frutíferas, como amoreira, pitanga, jabuticaba e gabiroba, que vão atrair a fauna”, conta Veridiana.

“Também trouxemos algumas árvores ornamentais, como os ipês de várias cores”, continua a engenheira florestal, “e ainda espécies de crescimento rápido, que farão o primeiro estágio de recomposição, para que as outras espécies possam se desenvolver na sequência”.

O plantio, iniciado nesta sexta-feira (29), deve ser concluído na segunda-feira (1°), em um bolsão na Avenida Garibaldi, entre a Avenida Andradina e a BR-277. As árvores são plantadas dentro da área, que agora está cercada por alambrados. As obras da ciclovia naquela região continuam – na quinta-feira (28), foi iniciada a aplicação do asfalto no trecho da Avenida Garibaldi.

Para Veridiana, a construção da ciclovia, além de dar mais uma opção de lazer à comunidade, também cumpre o papel na conservação do fragmento florestal. “A área foi cercada e foi dado uso público para a região, isso é superimportante para preservação da área. A ideia é que as pessoas usem a ciclovia, aproveitem a sombra das árvores e ocupem o espaço”, conclui.

Compensação ambiental

O plantio das 2.700 mudas na região do fragmento obedece a uma compensação ambiental decorrente da autorização florestal fornecida pelo Instituto Água e Terra (IAT) para o corte de árvores, o que foi necessário para a construção da ciclovia ao redor de todo o fragmento florestal.

Com 4.800 metros de extensão, a ciclovia vai circundar a área, passando pelas avenidas Garibaldi, Andradina e Paraná e pela BR-277. A obra inclui a construção de calçadas, ciclovia, drenagens, espaço para prática de caminhadas e iluminação complementar. O contrato de R$ 8,4 milhões é financiado pela Itaipu.

Quando foi projetada a obra da ciclovia, foi feito um inventário com o cálculo das árvores que precisariam ser retiradas. O inventário foi enviado para a prefeitura de Foz do Iguaçu, que responde pela área onde a vegetação está em estágio inicial de desenvolvimento, e para o IAT, órgão responsável pela autorização ambiental quando envolve vegetação em estágios mais avançados.

O projeto inicial foi alterado para minimizar ao máximo o corte de árvores. Por exemplo, o trajeto que passaria por trás do Centro de Medicina Tropical acabou sendo redirecionado para a frente. Também não foi suprimida a vegetação em todo o trecho da BR-277.

Foi encaminhado ao IAT o pedido de permissão de corte de 268 árvores. O órgão ambiental, por sua vez, estipulou como compensação ambiental o plantio de 2.700 mudas. Já a prefeitura autorizou a retirada de outras 325 árvores menores e definiu a compensação com 728 mudas, que foram doadas ao horto municipal.

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