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Feira Internacional do Livro encerra com bom público e aprovação dos iguaçuenses

Programação diversificada e trabalho em equipe fizeram a diferença na recepção de visitantes durante o evento.

Publicado em 27/10/2019 às 22:49

(Foto: Divulgação/PMFI)

Ao longo de sete dias a Feira Internacional do Livro ocupou o Clube Gresfi com uma programação repleta de atrações, atividades voltadas à literatura, shows musicais e interação com escritores locais e convidados. O fluxo de visitantes manteve uma média de 2.500 a 3.000 por dia, chegando a uma circulação total de 21 mil pessoas. 

No total, cerca de 80 escolas disponibilizaram ônibus para o transporte de alunos das redes estadual e municipal, além da visita em ônibus extras de municípios vizinhos. A organização do evento criou um roteiro especialmente voltado às crianças, mas que também incluiu quem visitou a feira fora dos grupos. 

Na cerimônia de encerramento, realizada na quinta-feira (24), o vice-prefeito Nilton Bobato agradeceu a presença de todos e elogiou a organização coordenada pela equipe da Fundação Cultural. “No período que estamos entendemos que atos de resistência, como foi a realização dessa feira, são essenciais, pois estamos também construindo caminhos. Vir a uma feira é um ato de resistência, pois estamos construindo uma sociedade melhor quando apostamos no conhecimento e temos a leitura como fator de pensamento”. 

Para o diretor presidente da Fundação Cultural Juca Rodrigues, a mudança de local para abrigar a feira contribuiu para a melhor circulação de pessoas e na estratégia logística. “Em outros anos tivemos falta de espaço para estacionamento, as salas para palestras eram menores, e este ano, conseguimos encaixar tudo isso da melhor forma possível, e isso resultou na aprovação de quem nos visitou”. 

A realização da Feira também foi gratificante para quem contribuiu para sua realização. “O clube prevê em seu estatuto o apoio à cultura e ao conhecimento. O Gresfi, como coadjuvante, se sentiu honrado em ter participado. Todos trabalharam com muita dedicação, nos sentimos felizes por fazer parte dessa história. Estamos de portas abertas”, disse o presidente do Gresfi, Claudinei Marcos da Costa.

Encerramento

O último dia da feira foi marcado pelo lançamento de livros e pela conversa com escritores convidados; Ruy Castro e Heloísa Seixas. Na mesa, com o tema “A convicção da palavra”, ambos falaram sobre a vivência com a produção de textos e a necessidade da leitura para o desenvolvimento humano. 

Considerado um dos maiores biógrafos do país, o escritor falou ao público sobre seu processo de produção, sua resistência à tecnologia e crença na força dos livros. “Sou uma figura analógica, não acredito que os Ebooks substituirão o livro físico. Aqui no Brasil, principalmente, onde não há o mesmo consumo dessa mídia que há no resto do mundo. Sou dessas pessoas que gosta de ter o livro em mãos”. 

Se para Castro, é preciso ir atrás de detalhes das histórias de seus biografados, Heloísa, autora da ficção, o caminho revela-se inverso; “na ficção cada coisa que a gente escreve tem uma história própria. As histórias se contam”. Sobre o poder da palavra e da leitura, ambos mostraram-se otimistas. “Nada vai substituir a palavra e a leitura”, comenta o escritor. “A capacidade de contar história sempre vai existir”.

Castro encerrou, a mediação feita pelo professor Théo Mello, agradecendo pelo convite e fazendo um alerta sobre nosso principal cartão postal da cidade; “a existência das Cataratas deveria ser um lembrete; não devemos apenas reverência à natureza, devemos obediência”. 

A palestra foi seguida pelo show com Edgar Scandurra e Nasi, com o IRA! Folk, na arena O Guarani e reuniu grande público.

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