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Cultura

Projeto incentiva a leitura e as artes nas escolas de Foz do Iguaçu

Estudantes da rede estadual participam de oficinas e atividades culturais gratuitas.

Publicado em 15/04/2018 às 08:01

(Foto: Divulgação)

Iniciativa voltada a estudantes da rede estadual de educação promove a formação de leitores e incentiva a expressão e a circulação cultural nas escolas de Foz do Iguaçu. O Festival Auê Literário é realizado pela Associação Guatá, em parceira com os estabelecimentos de ensino e professores, com o patrocínio da Itaipu Binacional.

A cada semestre, duas instituições recebem as atividades do programa. Nesta primeira etapa, o projeto acontece nos colégios Gustavo Dobrandino da Silva e Flávio Warken. Mediadores de leitura e agentes culturais desenvolvem cursos, workshops, oficinas e outras atividades formativas durante encontros continuados.

O objetivo é estimular a leitura e a produção cultural dos estudantes, por meio de textos, poemas, vídeos, fotografias, artes e outras manifestações. Ao final do ciclo formativo, acontece em cada escola a mostra cultural Auê Literário, com as criações dos participantes do projeto elaboradas durante as oficinas, exposições, banca literária e apresentações artísticas.

A estudante Lara Vitória Pereira, do Colégio Gustavo Dobrandino da Silva, destaca que as ações do projeto incentivam a criatividade e a leitura dos gêneros literários, como a expressão poética. “Vimos que a poesia está muito mais presente nas coisas do que a gente imagina. Tem poesia na música, por exemplo”, aponta.

Aluno do Colégio Flávio Warken, Leonardo Damacena de Oliveira conta que ficou surpreso com os materiais apresentados pelas mediadores de leitura durante os exercícios. “O que eu mais gostei foi da oficina em que descobri objetos que não conhecia, como a câmera fotográfica com filme, o carimbo antigo e o texto em braile”, diz.

Cultura e educação

A professora Angela Moreira, do Colégio Gustavo Dobrandino da Silva, na região Sul de Foz do Iguaçu, destaca a importância da relação da escola com os projetos sociais e culturais. “Os alunos conseguem desenvolver seus talentos de forma mais livre para criar, pois muitos deles fazem música, poesia, desenhos”, frisa Angela Moreira.

Ela ressalta a conexão entre as atividades do Festival Auê Literário e os conteúdos curriculares. “Valorizamos a interdisciplinaridade e achamos que essas atividades lúdicas abrem novas fórmulas para o professor trabalhar a leitura, a poesia e arte”, diz Angela Moreira. “A interação reforça os laços entre os alunos e isso é muito importante para a escola”, frisa.

Escola e comunidade

Para Fabiola Bomdia, diretora auxiliar do Colégio Flávio Warken, localizado na Vila C, na área Norte da cidade, projetos culturais complementam os conteúdos básicos trabalhados na escola. “Muitas vezes, os conteúdos precisam de um olhar diferenciado para que os estudantes mergulhem à fundo no ambiente cultural dentro da escola”, expõe.

Para ela, a ação de leitura e expressões realizada pela Associação Guatá aproxima a comunidade da escola e contribui para as práticas educativas. “A escola não pode ser uma ilha, desconectada da comunidade, tem que estar aberta para projetos como esse. É uma iniciativa que pode estimular novas práticas de aprendizado ou complementá-las”, pontua.

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