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Foz sedia evento do maior programa de restauração florestal no mundo

O evento deverá reunir representantes de 40 países e dirigentes de organizações internacionais.

Publicado em 15/03/2018 às 08:47

(Foto: Ilustrativa)

Foz do Iguaçu será sede, nesta sexta (16) e sábado (17), da 3ª Reunião Internacional do Desafio de Boon, a maior iniciativa mundial de restauração de florestas. O evento deverá reunir representantes de 40 países e dirigentes de organizações internacionais, como União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN, na sigla em inglês). O evento é promovido pelo governo alemão, com apoio da Itaipu Binacional e da IUCN.

O Desafio de Bonn é um esforço global que tem como objetivo restaurar 150 milhões de hectares no mundo inteiro até 2020 e 350 milhões de hectares até 2030. O desafio foi lançado em 2011 pelo governo da Alemanha e pela IUCN. Até agora, mais de 40 países aderiram ao desafio e se comprometeram em restaurar 160,2 milhões de hectares em todo o mundo.

A Itaipu irá compartilhar sua experiência com ações voltadas à conservação da biodiversidade local. A binacional mantém mais de 100 mil hectares de florestas em torno de seu reservatório, no Brasil e no Paraguai, e tem uma contribuição significativa para a recuperação da Mata Atlântica no Estado do Paraná. 

Para o Desafio de Bonn são contabilizadas as ações desde 2005. Nesse período, por meio do programa Cultivando Água Boa, a Itaipu plantou mais de 870 mil mudas em quase 500 hectares, além da formação do Corredor de Biodiversidade Santa Maria, que conecta o Parque Nacional do Iguaçu à faixa de proteção do reservatório. Uma visita de campo às ações desenvolvidas pela binacional, no sábado (17), faz parte da agenda do evento. 

Programação 

A abertura, nesta sexta-feira (16), às 8h30, no Hotel Recanto Cataratas, contará com a participação do ministro do Meio Ambiente do Brasil, Sarney Filho; da diretora-geral do Departamento de Natureza do Ministério do Meio Ambiente, Conservação, Construção e Segurança Nuclear da Alemanha, Elsa Nickel; do diretor-geral da IUCN, Inger Andersen; e dos diretores-gerais da Itaipu, Luiz Fernando Leone Vianna (Brasil) e James Spalding (Paraguai). 

Durante a manhã e tarde desta sexta-feira (16) haverá uma série de debates sobre diversos temas associados à restauração florestal, tais como inovações, financiamento de projetos, acompanhamento de progresso. 

Compromisso brasileiro

Em dezembro de 2016, o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, anunciou a contribuição voluntária brasileira ao Desafio de Bonn: até 2030, o país irá restaurar, reflorestar e promover a regeneração natural de 12 milhões de hectares de áreas florestais. Além disso, serão implementados cinco milhões de hectares de sistemas agrícolas que combinem agricultura, pecuária e floresta e recuperados cinco milhões de hectares de pastagens degradadas. 

Para alcançar essas metas, o Brasil estabeleceu uma Política Nacional de Recuperação de Vegetação Nativa (Proveg), que será implementada pelo Plano Nacional de Recuperação de Vegetação Nativa (Planaveg).

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