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Fronteira

Obra da segunda ponte entre Brasil e Paraguai avança em Foz do Iguaçu

A nova ponte internacional, bancada com recursos da usina de Itaipu, está com cronograma adiantado.

Publicado em 11/10/2019 às 02:05

(Foto: Itaipu Binacional)

(Foto: Itaipu Binacional)

(Foto: Itaipu Binacional)

O consórcio responsável pela construção da Ponte da Integração Brasil-Paraguai, entre Foz do Iguaçu e Presidente Franco, já conclui a terraplenagem do canteiro de obras, iniciou a edificação do setor administrativo e está terminando os diques que vão permitir a execução das fundações da torre principal, na margem brasileira do Rio Paraná. Outro pilar idêntico, que terá 190 metros de altura, será construído na margem paraguaia.

A escavação para a construção da torre também está adiantada. A expectativa é que até o final de outubro comece a fase de desmonte de rochas. “Estamos dentro do cronograma, inclusive com algumas atividades adiantadas no lado brasileiro”, afirmou o gerente de contrato do consórcio, Osman Bove.

A construção da Ponte da Integração está sendo feita com recursos de Itaipu Binacional. Nesta sexta-feira (11), o diretor de Coordenação, general Luiz Felipe Carbonell, e empregados da diretoria estiveram no canteiro de obras e puderam acompanhar a evolução dos trabalhos. Cerca de cem empregados do setor, que é responsável pelo acompanhamento das obras, participaram da atividade.

“É um momento histórico para o pessoal da Diretoria de Coordenação, representando aqui Itaipu como um todo”, afirmou Carbonell. “Estamos muito satisfeitos de poder trazer esses profissionais que fazem parte da diretoria e trabalham diuturnamente para fazer com que isso aconteça.”

Carbonell também disse estar otimista com o ritmo de trabalho no canteiro de obras. “Temos a certeza de que vamos conseguir concluir essa ponte dentro do prazo estabelecido. É um desejo nosso, é um desejo do diretor-geral brasileiro, general Joaquim Silva e Luna, para que se cumpra essa meta”, salientou.

No lado paraguaio, o consórcio aguarda a resolução de entraves burocráticos para a passagem de equipamentos de uma margem a outra do rio. Essas mesmas dificuldades já foram sanadas no lado brasileiro, com a publicação de uma instrução normativa da Receita Federal que estabelece regime especial para a obra e dá mais agilidade aos processos aduaneiros.

“Todos os órgãos que necessitam estar envolvidos [para resolver o problema] já estão conversando e buscando um acordo, como o Ministério de Relações Exteriores e a Receita Federal. A Itaipu está fazendo a mediação para que isso ocorra o mais rápido possível”, indicou Carbonell.

Silva e Luna lembrou que a decisão de investir na construção da nova ponte internacional está em sintonia com as diretrizes do governo do presidente Jair Bolsonaro, priorizando recursos para obras estruturantes e que deixem um legado para a sociedade. Além da ponte, Itaipu está viabilizando recursos para outros projetos importantes, como a ampliação do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu e modernização do Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC) – entre outros.

O diretor-geral brasileiro lembrou que a viabilidade dessas obras só é possível graças aos esforços de cada empregado da usina. “Queremos que no futuro todos da empresa tenham orgulho de ter feito parte dessa história. Um sentimento de pertencimento que deve ser compartilhado por toda nossa gente”, disse.

Como vai ser

A Ponte da Integração vai ligar Foz do Iguaçu (Brasil) a Presidente Franco (Paraguai) e ajudará a aliviar o trânsito de veículos pesados Ponte da Amizade, hoje única ligação entre os dois países sobre o Rio Paraná.

A nova estrutura terá 760 metros de comprimento e vão-livre de 470 metros, com duas torres de 120 metros de altura. A pista será simples, com 3,7 metros de largura de cada lado, acostamento de 3 metros e calçada de 1,70 metro.

O investimento previsto é de R$ 463 milhões, dos quais R$ 323 milhões serão usados na ponte e R$ 140 milhões nas obras da Perimetral Leste, ligação entre a nova ponte e a BR-277. A previsão é que as obras sejam concluídas em três anos. O Governo do Estado é responsável pela gestão da obra.

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