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Ovos de Páscoa têm alta de até 18,2% em supermercados de Foz do Iguaçu

O peixe, produto típico da Quaresma, aumentou 12,9%, assim como a carne, que teve um aumento de 5,5% no período.

Publicado em 06/04/2020 às 22:02
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(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A maior parte dos produtos consumidos na Páscoa está mais cara em Foz do Iguaçu em relação ao ano passado. Entre os ovos de chocolate, o maior aumento foi de 18,2%. Mas são o azeite de oliva (58%) e o bacalhau em posta (57%) os líderes dos reajustes. Os dados estão no levantamento de preços realizado pelo Centro de Pesquisas Econômicas e Aplicadas (Cepecon) da UNILA, que mostra a variação do custo de 21 itens de época em 12 supermercados e também em comparação a 2019.

O óleo de oliva, um produto que está na mesa dos brasileiros durante todo o ano, também sofreu a influência da época. “Como peixes e bacalhau têm muito consumo na Quaresma e na Páscoa, o consumo de azeite também acaba aumentando”, explica o coordenador do levantamento, Henrique Kawamura. “Aumenta o custo de produção, as empresas contratam mais e todos os produtos relacionados à Pascoa acabam tendo aumento neste período”, completa.

O levantamento mostra, ainda, a variação de preços entre os supermercados da cidade em cada um desses itens. O bacalhau desfiado apresenta a maior variação – 106,87% –, podendo ser encontrado de R$ 31,90 a R$ 65,99 o quilo. A menor variação fica por conta do ovo de chocolate infantil de 150g: 2,71%.

Como a pesquisa de preços nos supermercados por parte do consumidor fica difícil em tempos de isolamento social, uma consulta à tabela do Cepecon pode ajudar. Ali, é apresentado o preço médio de cada produto. Assim, o consumidor pode avaliar como estão os preços em seu local de compras. O coordenador da pesquisa, Henrique Kawamura, sugere também consultar o site Menor Preço – Nota Paraná (bit.ly/precopr) para verificar em qual mercado o produto está mais barato.

Cesta básica

O Cepecon também calculou o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-FOZ) dos itens da cesta básica em março de 2020: o aumento foi de 0,88% em relação ao mês anterior.

Os maiores aumentos foram registrados nos itens óleos e gorduras (11,4%); tubérculos, raízes e legumes (9,4%); pescados (8,5%); e aves e ovos (8,4%). Entre os itens que apresentaram queda nos preços destacam-se bebidas e infusões (-13,7%), frutas (-6,3%) e enlatados e conservas (-5,4%).

O tomate, com aumento de 38%, lidera os índices no item tubérculos, raízes e legumes. A proximidade do fim da safra, com a redução na oferta, também está entre as causas do aumento. A cebola e a batata, com aumento de aproximadamente 22%, vêm em seguida. Entre as hortaliças, o preço da alface aumentou 13,3%, com demanda em alta também por conta do calor.

As frutas em geral apresentaram uma redução de 6,3% nos preços, em comparação a fevereiro, principalmente pela queda de 11,6% no preço da maçã, devido à grande oferta. Em contrapartida, o limão aumentou cerca de 21%.

O preço da carne teve aumento geral de 5,5% no período. A alcatra, com aumento de 21,4%, e a carne de porco, com alta de 22,1%, lideram os índices. Em compensação, ficaram mais baratos o peito bovino (-8,8%) e a paleta (-3,7%).

O peixe, produto típico da Quaresma, aumentou 12,9%, assim como os ovos, que tiveram um aumento de 5% nos preços. Os produtos panificados também tiveram grande peso no IPC, com aumento de 5,6%.

Os pesquisadores acreditam que o aumento da demanda por alimentos, em razão do isolamento social por conta da Covid-19, tenha impacto nos preços de alguns produtos. A pesquisa foi feita dias antes do isolamento social determinado pela Prefeitura de Foz do Iguaçu, mas já em vigor em outros municípios e Estados. “Os produtos que vêm de São Paulo, como verduras e frutas, já estavam afetados. Houve uma corrida muito grande para o abastecimento por parte de supermercados de vários lugares. Começaram a comprar mais verduras, frutas, carne. Anteciparam as compras e isso acabou afetando os preços”, analisa Kawamura.

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