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Universidades passam a calcular variação mensal da cesta básica do Paraguai

Em Foz do Iguaçu, preço médio da Cesta Básica registrou aumento de 0,57% em novembro.

Publicado em 27/11/2018 às 00:13
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(Foto: Divulgação)

O Centro de Pesquisas Econômicas e Aplicadas (Cepecon) da UNILA divulgou nesta segunda-feira (26) o primeiro boletim do Índice de Preços ao Consumidor de Ciudad del Este (IPC-CDE). O índice é o resultado de uma parceria entre o Cepecon e a Faculdade de Ciências Econômicas da Universidad Nacional del Este (UNE). A pesquisa, inédita no departamento de Alto Paraná, pretende ajudar a população a fazer melhores escolhas de consumo e contribuir com o orçamento familiar dos moradores de Ciudad del Este.

A metodologia da pesquisa é a mesma utilizada no Índice de Preços ao Consumidor de Foz do Iguaçu (IPC-Foz), que vem sendo calculado desde setembro de 2017. Mensalmente, alunos da UNE irão percorrer oito supermercados de Ciudad del Este, anotando os preços dos 151 produtos que fazem parte da cesta básica do Paraguai. Os produtos são os mesmos utilizados pelo Banco Central do Paraguai para calcular a taxa de inflação oficial. A partir desses dados, professores e alunos da UNILA irão calcular a variação de cada item e publicar o boletim mensal na página do Cepecon

O professor da UNE e coordenador do IPC-CDE, Diego López, explica que, embora já existam cálculos nacionais do preço da cesta básica, eles são baseados em dados da capital e não refletem a realidade do interior paraguaio. “Ciudad del Este é a segunda cidade mais importante do Paraguai, e é a primeira vez que esse tipo de pesquisa está sendo realizada. Os preços da nossa cidade não estão incluídos nos dados utilizados pelo Banco Central do Paraguai, porque o Banco coleta dados apenas de Asunción e da região metropolitana. E, logicamente, há uma diferença de preço entre Ciudad del Este e Asunción”, salienta.

A parceria com a UNE é o primeiro passo para calcular o IPC-Tríplice, índice de preços que irá incluir as cidades de Foz do Iguaçu, Ciudad del Este e Puerto Iguazú. “Em 2019, vamos iniciar o planejamento para viabilizar o IPC também no lado argentino da fronteira. Assim como no Paraguai, pretendemos assinar um convênio com uma instituição de ensino para fazer esse levantamento de forma conjunta”, afirma o coordenador do Cepecon, Henrique Kawamura. Com o boletim trinacional, o objetivo é verificar a variação nos preços dos produtos consumidos na região trinacional e também os fatores que influenciam na economia dos três países.

IPC-CDE aumentou 3,4% em novembro

O primeiro boletim IPC-CDE apontou um aumento de 3,4% nos preços em supermercados de Ciudad del Este, no mês de novembro. As hortaliças foram os produtos que mais impactaram no índice. O levantamento apontou que o preço do tomate chegou a crescer 65,5% no último mês. Também foi registrado aumento no preço do pimentão (36,9%), da batata (42,6%) e da cebola (12,5%).

A carne bovina apresentou uma variação pequena (-0,5%), mas que teve um efeito grande no IPC-CDE. “A carne tem um peso maior no orçamento familiar do Paraguai. Assim, qualquer aumento e redução gera um grande impacto no índice”, explica Kawamura. Entre os cortes que estão mais baratos estão a carne de panela (puchero) de segunda (-44,2%), a carne moída (-20,3%) e o filé mignon (-13,9%).

Em Foz do Iguaçu, cesta básica aumentou 0,57%

Por outro lado, o IPC-Foz apresentou aumento de 0,57% em novembro, em relação ao mês de outubro. Entre as hortaliças e verduras, todos os produtos tiveram aumento. Alguns dos destaques foram o repolho (46,6%), a alface (33%) e o cheiro-verde (30%). Também está mais caro comprar cebola (52%) e tomate (15,9%). Em compensação, o preço da batata reduziu 12,2%.

Ao contrário da vizinha Ciudad del Este, em Foz do Iguaçu o preço da carne aumentou 0,49% no período. O boletim do Cepecon mostra aumento no preço da costela (4,1%), do contrafilé (5,3%) e do músculo (1,5%). Quem quiser economizar deve optar pela carne de porco, que teve redução de 7,1%, e por cortes como acém (-4,9%) e patinho (-2,9%).

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