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Educação

Unila ofertou mais de 9 mil vagas em cursos de extensão entre 2017 e 2018

Unila começou o ano letivo de 2019 com 5.231 alunos, a maioria é de Foz do Iguaçu e do Oeste do Paraná.

Publicado em 12/05/2019 às 03:26

(Foto: Divulgação )

A Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) divulgou o relatório Responsabilidade Social no Território - Ações da UNILA em 2018/2019. O documento disponibiliza alguns indicadores que mensuram o impacto da atuação da Universidade na região onde está inserida. Ainda considerada uma instituição nova – em janeiro de 2019 completou 9 anos –, a UNILA vem se consolidando como uma universidade pública e de qualidade comprometida com o desenvolvimento regional, por meio de ações de ensino, pesquisa e extensão. O relatório está disponível aqui.

Somente na extensão, a UNILA ofertou, no biênio 2017-2018, mais de 9 mil vagas em cursos de diferentes temáticas. O relatório mostra que foram 76 cursos de extensão em 2017 e 81 em 2018. Para 2019, já estão confirmadas 41 capacitações nessa modalidade, mas esse número ainda poderá crescer ao longo do ano.

Ministrados por estudantes, docentes e técnicos da Universidade, os cursos de extensão são oportunidades gratuitas de capacitação e abertas para toda a comunidade. Geralmente de curta duração, esses cursos ajudam a garantir uma educação continuada a pessoas que, por exemplo, não têm como fazer um curso regular de graduação ou pós-graduação. Na UNILA, esses cursos são pensados para atender, principalmente, às necessidades da comunidade da região Oeste do Paraná e da fronteira trinacional.

Para a professora municipal Luciana Moreira, participar das ações do projeto “Formação Docente: Pedagogia de Fronteira” foi fundamental para adotar novas práticas em sala de aula. “Os cursos ofertados pela UNILA para os professores lotados na Secretaria Municipal de Educação qualificam a prática pedagógica, de modo que a escola contemple verdadeiramente sua função transformadora na sociedade. A formação continuada dos profissionais do magistério dentro da UNILA é imprescindível, pois os saberes aprendidos refletem diretamente na sala de aula, na qualidade do ensino ofertado aos educandos”, explica a docente, que é coordenadora do Centro Municipal de Educação Infantil Professora Heley de Abreu Batista.

Ensino e pesquisa

No ensino, o Relatório mostra que o número de alunos de graduação cresceu de 213, em 2009, para 5.231, em 2019. A maioria – cerca de 2.400 estudantes – é de Foz do Iguaçu e do Oeste do Paraná, mas também fazem parte do quadro discente jovens de todos os estados brasileiros e de outros 32 países.

Mas o crescimento não é apenas quantitativo. Com 29 cursos de graduação, a UNILA vem sendo destaque pelo bom desempenho nos indicadores aferidos pelo Ministério da Educação. No Índice Geral de Cursos (IGC), um dos instrumentos utilizados para conhecer o desempenho das instituições de ensino superior do Brasil, a UNILA obteve conceito 4, considerado “muito bom”. De um universo de 2.083 universidades brasileiras, a UNILA está entre as 287 melhores. Já entre as universidades públicas, ela está entre as 70 mais bem avaliadas do país.

Dos 23 cursos que já foram avaliados pelo MEC, 22 receberam conceitos 4 e 5, considerados de excelência. Alguns desses cursos já figuram entre os melhores do país. Engenharia Civil de Infraestrutura obteve o 13º lugar entre todos os cursos da área, superando instituições tradicionais como o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e as universidades federais de Santa Catarina, do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul. Também foram destaque os cursos de Geografia (14ª colocação), Engenharia de Energia (16ª) e História (31ª).

Para o reitor Gustavo Oliveira Vieira, a diversidade cultural e a alta qualificação do corpo docente são fatores que impactam diretamente na qualidade dos cursos da UNILA. “Hoje, 79% dos professores da UNILA têm doutorado ou pós-doutorado. Temos um corpo docente comprometido não apenas em garantir um ensino de excelência na graduação e na pós-graduação, mas também em inserir nossos discentes na pesquisa científica, para aprofundar conhecimentos e para colocar os alunos em contato com temáticas importantes para região”, explica. Todas as pesquisas desenvolvidas por professores e estudantes da Universidade estão disponíveis no Repositório Institucional, em https://dspace.unila.edu.br/.

O crescimento da pós-graduação na instituição – atualmente são ofertadas mais de 400 vagas anuais em 6 especializações, 12 mestrados e um doutorado – também impactou diretamente na qualificação da pesquisa realizada no âmbito da UNILA. A região de fronteira tem papel de destaque nas pesquisas desenvolvidas na Universidade, desde a iniciação científica até estudos de grupos de pesquisa avançada. “Desde o início, a comunidade acadêmica sempre foi muito atuante na região trinacional. Temos um grande número de projetos que são pensados para atender às demandas da população de Foz do Iguaçu, Puerto Iguazú, Ciudad del Este e municípios vizinhos”, reitera Vieira. 

Em 2018, os pesquisadores aproximaram-se ainda mais da região, com o lançamento do primeiro edital de fomento do Programa Institucional Agenda Tríplice, iniciativa que tem o objetivo de estimular a realização de pesquisa científica com foco na região da Tríplice Fronteira, de forma indissociável com o ensino e a extensão. Em dois anos, a UNILA pretende investir R$ 480 mil para o desenvolvimento de pesquisas propostas por 19 instituições das três cidades fronteiriças e por autoridades públicas do Oeste do Paraná, da Província de Misiones e do Departamento do Alto Paraná.

Impacto econômico

O Relatório de Responsabilidade Social no Território apresenta, ainda, dados sobre o impacto direto da UNILA na geração de renda local. Por ano, a Universidade investe mais de R$ 105 milhões na região, somente em salários. “Levando em consideração apenas os empregos diretos, a UNILA investe mais de R$ 8,5 milhões mensais. Esse valor impacta diretamente na economia local, porque esses trabalhadores gastam em imóveis, alimentação, saúde e bens de consumo aqui no município de Foz do Iguaçu”, explica a doutora em Economia Aplicada (USP) Marcela Nogueira Ferrario.

A implantação da Universidade em Foz do Iguaçu contribuiu para a geração de 996 empregos diretos. Nesse número, estão os servidores concursados (docentes e técnico-administrativos) e também os trabalhadores terceirizados, contratados para atuarem na segurança, limpeza e manutenção das unidades da UNILA.

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