Denúncia interposta pelo Ministério Público Federal (MPF) relativa à 5ª e 6ª etapas da Operação Pecúlio, denominada Operação Nipoti, acusa a prática de cobrança de propina para liberação de condomínios em Foz do Iguaçu durante a gestão do ex-prefeito Reni Pereira (PSB).
Além do político, figuram como réus neste processo, já aceito pelo juízo da 3ª Vara Federal de Foz do Iguaçu, o ex-secretário de Meio Ambiente, João Matkievicz, o ex-secretário de Tecnologia da Informação, Melquizedeque Souza, e o construtor Guilherme de Jesus Paulus.
“No final de 2014, na região de Foz do Iguaçu, Reni Pereira e João Matkievicz, com o auxílio de Melquizedeque Souza, solicitaram e receberam para si, na qualidade de prefeito e de secretário de Meio Ambiente, respectivamente, vantagem indevida consistente no pagamento de aproximadamente R$ 400 mil de Guilherme de Jesus Paulus, que ofereceu e pagou, ao menos R$ 180 mil para a concessão da licença ambiental do condomínio Village Iguassu Golf Residence”, sustenta o MPF.
De acordo com as investigações capitaneadas pela Polícia Federal (PF), Reni e Guilherme combinaram o pagamento de propina no valor de R$ 400 mil, sendo que R$ 180 mil foram repassados em espécie, " contado e conferido por Melquizedeque e João Matkievivc". Deste montante, prossegue o MPF, R$ 60 mil foram destinados ao caixa geral da suposta organização criminosa chefiada por Reni, à época gerenciada por Melquizedeque.