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Investigação

Gaeco realiza busca e apreensão na Câmara Municipal contra suposta rachadinha

Os mandados também foram cumpridos na casa de uma vereadora e de pessoas próximas a ela, incluindo um policial civil.

Publicado em 09/09/2022 às 07:51
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(Foto: Arquivo/Ilustrativa)

Na manhã desta sexta-feira, 9 de setembro, equipes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) cumpriram 9 mandados de busca e apreensão, em razão da suposta prática do crime popularmente conhecido como “rachadinha”, em que uma vereadora e pessoas de seu contato íntimo, incluindo um Policial Civil, exigiriam o repasse de parte dos vencimentos dos assessores nomeados para o seu Gabinete, na Câmara Municipal de Foz do Iguaçu/PR. A vereadora investigada é Carol Dedonatti, conhecida como Protetora Carol, do Partido Progressista (PP).

As ordens judiciais foram executadas nas residências dos investigados, localizadas na cidade de Foz do Iguaçu, bem como na Câmara de Vereadores local, incluindo nos gabinetes da Parlamentar e do Diretor Jurídico da Casa Legislativa, na Secretaria de Bem Estar Animal, órgão vinculado ao Poder Executivo Municipal, e na sede de uma Associação voltada à manutenção de animais resgatados. A operação foi batizada de "Tudo Pela Causa".

As medidas foram deferidas pelo Juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de Foz do Iguaçu/PR e buscaram o recolhimento de aparelhos celulares, documentos, computadores, valores em espécie e objetos ilícitos em poder dos investigados, para auxiliar na apuração de investigação que busca desvendar crimes contra a Administração Pública, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

A ação deflagrada contou com apoio de agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – GAECO do Paraná, sendo acompanhada por representante da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB.

A defesa da vereadora afirmou em nota que a operação desta sexta se baseou em acusações falsas de opositores com o objetivo de atingir a carreira política, danificar a imagem e campanha eleitoral dela. A defesa disse ainda que a operação foi "desproporcional".

Em nota a Câmara de Vereadores informou que recebeu a presença de policiais apenas para verificar o "gabinete de uma vereadora específica." A nota afirmou ainda que a investigação não possui relação com o andamento dos trabalhos legislativos e reforçou que seu "compromisso com a transparência pública e de total colaboração com o órgão investigativo."

A Prefeitura de Foz do Iguaçu disse que está à disposição para esclarecimentos e que se for comprovada qualquer irregularidade, que será instaurado procedimento administrativo para averiguação.

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