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Morte suspeita

Jovem morto por policiais na sexta, 28, não estava armado e PMs são afastados

A família do rapaz, identificado como Ismael Moray Flores, de 19 anos, afirma que ele estava voltando pra casa quando foi morto pela PM por engano.

Publicado em 02/05/2023 às 15:05
Atualizado em

A Polícia Militar informou nesta terça-feira, 02, que um dos jovens mortos em ação da PM na madrugada de sexta, 28, em Foz, não estava armado. A família do rapaz, identificado como Ismael Moray Flores, de 19 anos, afirma que ele estava voltando pra casa quando acabou sendo morto. Sete policiais envolvidos na ação foram afastados.

De acordo com as informações da PM, a Polícia Militar atendia uma situação de assalto na região do Porto Meira, quando avistaram dois homens fugindo do local. Os suspeitos teriam apontado arma de fogo contra os policiais, "sendo revidada a injusta agressão".

Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que Ismael caminha pela rua sozinho quando uma motocicleta com dois homens cruza por ele. Em seguida, aparece a viatura da Polícia Militar perseguindo a motocicleta. Um dos rapazes, o que conduzia a moto, se rende, enquanto o outro foge a pé na mesma direção que seguia Ismael.

Outros policiais que chegam durante a ocorrência são vistos correndo em direção ao rapaz em fuga. Não há imagens do que acontece em seguida, quando  os disparos são efetuados, onde os dois (Ismael e o suspeito) acabam mortos. Apenas o rapaz que fugiu da motocicleta estava armado, segundo a PM.

Em entrevista à imprensa, o Capitão da Polícia Militar,Tenente André Ribas, informou que um inquérito foi aberto para investigar o que teria ocorrido e os motivos que levaram os policiais a atirar contra Ismael, mesmo ele não estando armado.

"Não tem como a gente emitir juízo de valor porque só quem estava na ocorrência vai saber o motivo de ter atirado ou não" afirmou. "Através do inquérito os policiais serão ouvidos e dirão o por que atiraram, se era ele para ser atingido, ou se era outro indivíduo e ele estava no meio do caminho tendo em vista que eles correram todos para o mesmo local, estavam na mesma rua”, explicou o tenente.

Ribas salientou que o Gaeco e a corregedoria da PM foram informados dos fatos na data da ocorrência, assim como a Polícia Científica e a Delegacia de Homicídios.

A Polícia Civil informou que as investigações prosseguem e que testemunhas estão sendo ouvidas. Também disse que não divulgará outras imagens da ocorrência. O prazo inicial para conclusão do inquérito é de 30 dais, podendo ser prorrogado.

Família 

De acordo com a sogra de Ismael, ele teria ido visitar a mãe. Em um aplicativos de mensagens teria informado minutos antes ao companheiro que estava retornando para casa.

Eles (Sogra e companheiro) teriam saído para esperá-lo no portão, quando avistaram as viaturas passando em frente à residência. Em seguida ouviram os disparos que ocasionou a morte do rapaz.

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