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Órgãos de Segurança querem intensificar ações contra a Covid-19 na Fronteira

Gabinete de Gestão Integrada (GGI) reuniu autoridades para avaliar esforços na contenção do coronavírus na cidade.

Publicado em 16/03/2020 às 21:19
Atualizado em

(Foto: Divulgação/PMFI)

O Gabinete de Gestão Integrada de Foz do Iguaçu (GGI) reuniu na tarde de segunda-feira (16) representantes das polícias Federal, Militar, Civil, Guarda Municipal, Policia Rodoviária Federal, Exército, Marinha, Aeronáutica, Força Nacional, Corpo de Bombeiros, Foztrans, Receita Federal, Defesa Cívil, Anvisa para avaliar as primeiras medidas de contenção ao coronavírus em Foz do Iguaçu.

O Secretário de Saúde e vice prefeito Nilton Bobato participou da reunião acompanhado de parte da equipe técnica que está elaborando as ações de enfrentamento a Covid-19.

Para o chefe da Delegacia da PRF de Foz, Luiz Gênova, a única parte deficitária das ações de combate está na abordagem de quem chega pelas pontes internacionais. "Está faltando reciprocidade, os brasileiros que tentam ir ao Paraguai estão sendo barrados e não temos ao menos o controle de quem entra" destacou. 

Gênova relatou que a PRF tem recebido muitas cobranças nesse sentido, situação também relatada pelos representantes da Polícia Federal presentes. "Estamos aguardando as determinações do Governo Federal, pois nesse caso só podemos agir com uma ordem direta da Presidência da República."

Bobato voltou a esclarecer que apesar do município não poder atuar nas áreas primárias das pontes da Amizade e da Fraternidade, que são de jurisdição federal, a colaboração e a atenção de todos os órgãos têm sido fundamental e reforçou a intenção do Prefeito Chico Brasileiro em oficiar o Ministério da Defesa que se manifeste com relação a essas áreas. "Também estamos sendo cobrados com relações ao trânsito de fronteira, mas precisávamos desse alinhamento com as forças de segurança para termos a noção de quais medidas podem ser adotadas." declarou.

Fakenews e Desbastecimento

Um dos problemas mais apontados na reunião, além do risco de circulação viral, é que as medidas desproporcionais entre os três países provocaram a falta momentânea de produtos em supermercados da cidade.

No último domingo (15), moradores das cidades vizinhas realizaram uma verdadeira corrida às lojas. O resultado foram prateleiras vazias onde deveriam estar produtos de limpeza como álcool, água sanitária e até papel higiênico. "Infelizmente essa crise provoca o medo nas pessoas e as fakenews têm agravado muito isso" destacou o Delegado Francisco Sampaio, da 6ª SDP.

"As informações mentirosas são amplamente compartilhadas de maneira irresponsável. O resultado são pessoas desesperadas querendo fazer estoque de produtos e com comportamentos incompatíveis com a própria segurança" comentou Bobato, reforçando que o momento é de calma.

A prefeitura deverá protocolar na tarde de hoje (17) um ofício solicitando as ações de controle migratório junto ao Ministério da Defesa, em Brasília.

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