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Caso Marcelo Arruda

Perícia mostra que registro de acesso às imagens da Aresf foi apagado

O laudo pericial mostra que esse registro de acesso às câmeras da Aresf foi deletado em 11 de julho, dois dias após o assassinato do GM Marcelo Arruda.

Publicado em 03/08/2022 às 10:04
Atualizado em

(Foto: Reprodução/Câmeras de Segurança)

A perícia nos equipamentos das câmeras de segurança da Associação Recreativa e Esportiva Saúde Física (Aresf) apontou que o registro de acesso às câmeras de segurança foi apagado no dia 11 de julho, dois dias após o assassinato do guarda municipal e tesoureiro do PT, Marcelo Arruda. 

O laudo pericial foi anexado nesta terça-feira (2), junto à denúncia do policial penal federal Jorge Guaranho, responsável por matar Marcelo Arruda, após invadir a festa de aniversário decorada com temáticas do PT e realizada pela vítima. Guaranho é apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) e o assassinato ocorreu pelo agravamento das discussões políticas entre os dois.

“Ao analisar as configurações do equipamento identificou-se que o serviço de acesso remoto P2P estava ativado e que às 08h57min02seg do dia 11/07/2022 ocorreu um evento de “Limpar” que apagou todos os registros de eventos do aparelho anteriores a esta data. Logo, pela análise dos logs presentes não foi possível afirmar se houve acesso às imagens na data de 09/07/2022”, diz um trecho do laudo.

O registro de acesso às imagens é um fator importante na investigação para se descobrir quem teria mostrado para Jorge Guaranho que no local ocorria uma festa temática do Partido dos Trabalhadores (PT) e do ex-presidente Lula. Segundo a presidência da Aresf, somente integrantes da diretoria do clube possuem acesso às câmeras e o policial penal federal deixou a diretoria em janeiro deste ano, mantendo-se apenas como sócio.

Procurado pela reportagem, o presidente da Aresf Antonio Marcos Borges de Souza disse que não tinha conhecimento sobre o registro de acesso ter sido apagado. “Não tinha conhecimento desta situação, mas estamos à disposição da Justiça para mais esclarecimentos, caso necessário”, respondeu por mensagem.

Os peritos também concluíram que “não foram encontrados indícios de adulterações” nas gravações das imagens das câmeras. Sem o registro de acesso às imagens, resta agora para a defesa da família de Marcelo Arruda aguardar a perícia nos telefones celulares de Jorge Guaranho e dos integrantes da diretoria da Aresf que estavam com Guaranho em um churrasco na Associação de Empregados da Itaipu Binacional (Assemib), onde o policial penal teria tido conhecimento sobre a festa de Marcelo Arruda, segundo testemunhas relataram à Polícia Civil.

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