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Quatis atacaram 260 turistas nas Cataratas em 2015

Foram 52 visitantes estrangeiros e 137 brasileiros que foram arranhados ou mordidos por quatis.

Publicado em 15/02/2016 às 23:45

Está aumentando o número de acidentes com quatis no Parque Nacional do Iguaçu. Os bichinhos são bonitos e atraem a atenção de turistas que se aproximam para acariciá-los ou bater fotos.
 
No ano passado, 260 pessoas foram mordidas ou arranhadas por quatis que circulam nas passarelas ou às margens da rodovia no interior do parque. Em 2014 foram apenas 180. Portanto, 80 pessoas a mais foram atacadas em 2015.
 
Levantamento da Secretaria da Saúde confirma que 180 turistas buscaram atendimento médico na UPA em 2015. Foram 52 visitantes estrangeiros e 137 brasileiros que foram arranhados ou mordidos por quatis. Os visitantes devem evitar contato com os quatis e manipular alimentos perto deles, protegendo-se da raiva que é uma doença letal, alertam os profissionais da secretaria.
 
A estudante de veterinária Victória Antunes visitou as Cataratas em junho do ano passado. No site que ela mantém na internet, descreveu a experiência de ser atacada por um quati, justamente por causa de comida. “Durante a trilha, comprei três picolés e estava com eles na mão quando um bando de quatis me abordou. Em questão de segundos um deles conseguiu pular na minha perna, me ferindo ao cravar suas unhas, deixando arranhões. O grande problema disso é a raiva, uma doença que pode ser transmitida por mordedura e pela arranhadura de animais que a possuam”, declarou.
 
Nesta época do ano aumenta o número de quatis no interior do parque, porque os filhotes deixam seus ninhos e saem com seus pais em busca de alimentos. No domingo, a reportagem do Jornal do Iguassu observou um quati tentando subir no corpo de um turista, porque ele abriu uma sacola contendo bolachas. Ao simples barulho de uma sacola ou embalagem de plástico, os quatis avançam.
 
As pessoas mordidas por quatis são atendidas no ambulatório médico existente no interior do parque. Os profissionais de saúde que atendem no local, fazem a limpeza do ferimento e depois encaminham a vítima à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim das Palmeiras.
 
O cuidado tem fundamento. Os quatis, apesar de belos, transmitem o vírus da raiva, uma doença que pode até matar.
 
Os quatis também entram nas lixeiras existentes no Parque Nacional em busca de comida. Diversos foram vistos invadindo as lixeiras neste final de semana. Na tentativa de resolver o problema, foi instalada uma nova lixeira que impede a entrada dos animais. O teste deu certo e a direção do parque deverá instalar mais de 100 lixeiras do mesmo modelo, na tentativa de resolver o problema.

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