Chico quer aumentar orçamento da prefeitura para R$ 1 bilhão

Na contramão da crise no país, o prefeito Chico Brasileiro (PSD) enviou, esta semana, à Câmara de Vereadores, projeto para a LOA (Lei Orçamentária Anual) que eleva o orçamento da Prefeitura de Foz do Iguaçu, em 2018, de R$ 856,74 milhões para R$ 1,093 bilhão. A previsão de aumento da LOA representa um acréscimo significativo de 27% nos gastos públicos do município, nos próximos 12 meses. 

Ao mesmo tempo em que todo o Brasil vive uma grave crise e várias cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Curitiba congelaram os reajustes do funcionalismo público, o aumento deve elevar em mais 12% a folha salarial dos servidores no município. 

O problema ainda maior é que o reajuste dos servidores está condicionado ao aumento de tributos cobrados aos contribuintes. Para pagar a conta e cumprir a promessa aos servidores, Chico prevê elevar a cobrança em quase 16% na arrecadação de IPTU e cerca de 13% de aumento na arrecadação de ISSQN.

Na prática, além de onerar ainda mais os cofres do município e aumentar os gastos públicos, Chico Brasileiro e os vereadores da base comprometem, drasticamente, o futuro da cidade. Isso porque, caso seja aprovada a LOA, ficará praticamente inviável reduzir os custos dentro de um prazo hábil. 

O aumento do orçamento da Prefeitura de Foz do Iguaçu para mais de R$ 1 bilhão diverge ainda ao crescimento social e econômico da cidade. Na quarta-feira, 23, a Gazeta do Iguaçu publicou matéria que aponta a redução em 28% do número de empregos formais na cidade. 

Além disso, o aumento contraria as próprias promessas de Chico Brasileiro, na campanha eletiva realizada em 2016, em Foz. No clamor da disputa eleitoral, Chico prometeu ajustar as contas e organizar as finanças do município. Não assumiu o compromisso, no entanto, de elevar os gastos e lançar o peso das cobranças sob a responsabilidade dos contribuintes iguaçuenses.