A três dias da realização da Cúpula Conservadora das Américas, em Foz do Iguaçu, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) anunciou nesta quarta-feira (25) que o evento foi remarcado para o próximo dia 8 de dezembro, após as eleições de outubro.
Um dos organizadores do encontro, o parlamentar é filho do também deputado e presidenciável Jair Bolsonaro (PSL-RJ), que estava confirmado na programação.
Em publicação nas suas redes sociais, Eduardo disse que a transferência foi motivada pela posição do presidente em exercício do PSL, Gustavo Bebianno, de que "o evento poderia gerar questionamentos perante a Justiça Eleitoral".De acordo com a nota, a decisão foi tomada em reunião hoje pela manhã.
À tarde, a assessoria do deputado havia informado que estava fazendo consultas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e por isso não poderia confirmar a realização do evento.
Ainda segundo o comunicado, as 2.567 inscrições já realizadas até as 17h59 desta quarta serão mantidas, assim como a programação, que tinha outros 14 debatedores de seis países confirmados. Eduardo Bolsonaro informou ainda que as inscrições permanecerão abertas até a véspera do evento. A cúpula é realizada pela Fundação Indigo de Políticas Públicas, que pertence ao PSL.
Na última segunda-feira (24), a organização do evento informou que a capacidade total era de 2.200 pessoas e que 2.005 haviam se inscrito até aquele momento.
Segundo a descrição do site oficial do evento, o objetivo era "reunir importantes líderes e economistas liberais da América Latina para debater os problemas atuais que ocorrem em nosso país [Brasil] e no mundo".
O site oficial do evento já foi atualizado com a informação do adiamento. Quem tenta se inscrever agora é informado que a capacidade de público interno do local do evento está esgotada, mas que será possível assistindo às mesas-redondas nos telões externos que a organização instalará nas dependências do espaço, em dezembro.
A cúpula foi criada para servir de contraponto ao Foro de São Paulo, conferência que reúne partidos da esquerda latino-americana e é alvo de críticas frequentes de Bolsonaro e seus aliados.