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Ex-prefeito Reni Pereira presta depoimento em ação penal da Operação Pecúlio

Reni é réu em processo que apura um suposto esquema de corrupção e fraudes em licitação no Executivo municipal.

Publicado em 02/09/2019 às 23:11

(Foto: Reprodução / RPCTV)

O ex-prefeito de Foz do Iguaçu, Reni Pereira (PSB) presta depoimento à Justiça Federal pela ação penal da Operação Nipoti, um desdobramento da Operação Pecúlio, nesta terça-feira (3).

O ex-prefeito é um dos 98 réus na ação que apura um suposto esquema de corrupção na Câmara Municipal de Foz do Iguaçu.

A operação foi deflagrada pela Polícia Federal em dezembro de 2016. Na época, 12 dos 15 vereadores foram presos suspeitos, entre outros, de receber uma espécie de mensalinho em troca de apoio aos projetos de interesse do então prefeito.

A ação penal trata ainda de um esquema de favorecimento de credores da prefeitura.

Nesta ação, o ex-prefeito responde por 66 fatos narrados na denúncia do Ministério Público Federal (MPF), com acusações de corrupção ativa e passiva, crime no decreto-lei previsto para prefeitos, peculato, usurpação de função pública e crime contra a lei de licitações.

Este é o 22º de depoimento de réus na ação penal. A juíza responsável pelo processo reservou esta terça-feira e a quarta-feira (4) para ouvir Reni Pereira. Se não for suficiente, o réu volta a depor nos dias 10, 11 e 12 de setembro.

A defesa de Reni Pereira informou que ele vai apresentar nas audiências provas de que o que foi denunciado nas colaborações premiadas não condiz com a realidade e que "a narrativa dos colaboradores é fantasiosa".

Operação Pecúlio

Reni foi alvo da 4ª fase da Operação Pecúlio, em 14 de julho de 2016, três meses depois do início da operação. Reni ainda era prefeito, e foi afastado imediatamente do cargo. O ex-prefeito cumpriu prisão domiciliar por 105 dias.

Desde então, ele virou réu em duas ações penais. Na primeira, que corre em sigilo, Reni Pereira prestou depoimento em outubro de 2018 e aguarda sentença. O MPF denunciou o político por crimes contra a lei de licitações, corrupção passiva, crime previsto na lei de prefeitos, usurpação da função pública e organização criminosa.

De acordo com a Polícia Federal, o esquema pode ter desviado cerca de R$ 30 milhões de recursos, entre outros, do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Sistema Único de Saúde (SUS).

Neste processo, a defesa alegou que Reni não pode responder por crimes cometidos por terceiros, que não sabia dos crimes e que as delações que deram origem às denúncias são falaciosas.

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