Matheus Vermelho (PP) foi o único deputado estadual de Foz do Iguaçu que conseguiu se eleger no último domingo, dia 2 de outubro. Empresário de 36 anos no ramo da construção civil, casado e pai de duas filhas, Matheus Veloso Maria, mais conhecido como Matheus Vermelho, concorreu a sua primeira eleição.
Conquistou 29.484 votos, dos quais 10.884 foram feitos em Foz do Iguaçu, por onde deu arrancada em sua campanha eleitoral. Suas principais bandeiras são o Municipalismo, o Esporte e o Turismo.
Tanto que garante que uma de suas primeiras pautas que pretende conversar com o governador reeleito no Paraná, Ratinho Júnior, é sobre a redução do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o combustível de aviação. O objetivo é tentar buscar companhias aéreas que queiram transformar o Aeroporto Internacional das Cataratas em um hub aéreo, desta forma trazer mais conectividade para a cidade e ao mesmo tempo reduzir os preços das passagens para os passageiros.
“Temos algumas pautas já em mente. A primeira delas é sobre o ICMS dos combustíveis para as companhias aéreas, para fomentar o nosso turismo e fazer o nosso hub aéreo local trazendo mais turistas e fazendo uma grande diferença pela nossa cidade. Essa é a primeira pauta que vou sentar e conversar com o governador", disse em entrevista exclusiva ao Portal da Cidade.
Saúde e o Hospital Municipal
Outra pauta defendida por Matheus Vermelho é sobre a situação do Hospital Padre Germano Lauck. O deputado eleito quer conversar com as autoridades locais e estaduais, mas principalmente com os funcionários da saúde para buscar soluções com o objetivo de sanar os problemas do setor que temos atualmente. O local atende os moradores de Foz do Iguaçu e também pacientes dos municípios da 9ª Regional de Saúde, além de pessoas vindas do Paraguai e da Argentina. Além do Hospital, ele quer ter um olhar especial para as UPAs da cidade.
"Vamos sentar, conversar e ver com o governador e dizer para ele que a saúde de Foz do Iguaçu precisa urgentemente de atenção. Quero fazer essa interlocução direta com o Governo do Estado para que o nosso hospital volte a ser referência em atendimento. Temos funcionários apaixonados e dedicados pelo seu trabalho no setor da saúde do município, são verdadeiros guerreiros na arte de servir, o que falta agora é uma estrutura adequada e condições para atender a população”, explicou o deputado estadual eleito.
Obras estruturantes, viadutos na BR-277
Matheus Vermelho quer mais dois viadutos no trecho urbano da BR-277, um no antigo trevo do CTG Charrua, o local foi fechado e acabou separando duas regiões importantes da cidade. Além disso, com a construção de um viaduto, o local poderá ser um novo corredor de trânsito, porque ele fará as uniões de várias avenidas que ligam a Região da Vila “C”, Rodoviária, Campos do Iguaçu até a Avenida das Cataratas.
Já na região dos Três Bandeiras, a ideia seria a construção de uma trincheira para retirar o gargalo de trânsito que é formado no meio da BR-277 próximo ao Hotel Rafain Palace. Um motivo de muita irritação e acidentes constantemente.
“São obras que somadas aos investimentos do Governo Federal como a nova ponte, Perimetral Leste e duplicação da Av. das Cataratas irão mudar a cara da nossa cidade. Foz do Iguaçu precisa de um plano diretor eficiente, precisa que a sociedade civil, as autoridades públicas sentem em uma mesa, todos juntos, para planejar o que precisamos não pensando só no presente, mas também no futuro.”, fala Matheus.
Política em família
Matheus Vermelho é filho do deputado federal Vermelho (PL), reeleito com 70.790 votos. Os dois certamente vão oferecer possibilidades maiores de trazer recursos estadual e federal para Foz do Iguaçu e trabalham agora na articulação da campanha de segundo turno do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL).
Por falar em eleição, Matheus Vermelho sugere mudanças as quais, segundo ele, poderiam ser benéficas para candidatos da região terem mais chances de se eleger, aumentando a representatividade junto à capital estadual e federal.
“Acho que seria uma evolução muito benéfica a gente ter esses votos distritais. Porque a gente trabalharia só uma região. Cada deputado representaria apenas sua região. Faz lá Oeste e Sudoeste uma região, Noroeste e Norte outra região e assim vai e evitaria desgaste e ter que viajar tanto pelos municípios em todo o Paraná, e a gente consegue cuidar melhor da nossa região. Por isso é uma grande ideia e acho que a diminuição dos partidos vai fazer com que essa pulverização de candidatos também diminua, porque prejudica muito. A eleição às vezes não tem expressão, mas sai muitos candidatos para compor chapa e acaba tirando votos de quem teria chances de se eleger”, argumentou o jovem deputado.
