Portal da Cidade Foz

Fronteira

Brasileiros acusam marinheiros paraguaios de roubo e tortura em Ciudad del Este

O barco em que navegavam pelo Rio Paraná foi interceptado pelas forças armadas do vizinho país, segundo fontes que pediram sigilo.

Publicado em 05/08/2020 às 22:12

(Foto: Marinha do Paraguai / Arquivo)

Os brasileiros Marcelo Farías de Lima e Adriano Dagostín, além do paraguaio Aureliano Benítez Britos  alegaram ter sido torturados por agentes da Marinha do Paraguai em Ciudad del Este, depois que o barco em que navegavam pelo Rio Paraná foi interceptado pelas forças armadas do vizinho país, lideradas pelo tenente comandante Luis Torres, de acordo com fontes que pediram para não serem identificadas.

"Eles os atingiram e torturaram, querem denunciar porque quase os mataram. Eles os sufocaram mergulhando a cabeça em recipientes com água. Eles retiraram toda a mercadoria (21 volumes) e apresentaram oito volumes à promotoria, e os 14 restantes desapareceram. Quando o proprietário quis reivindicar, eles disseram a ele na marinha que não faziam ideia do que ele estavam falando e que 'não havia nada lá'", disse uma fonte ao jornal paraguaio ABC Color.

No momento, os três estão em quarentena na Escola de Artes e Ofícios de Ciudad del Este. "Eu não entendo por que os dois brasileiros não são deportados, nesse caso. Talvez para que os traços de tortura não sejam vistos", identificou o informante, mas cuja identidade é reservada.

Cristhian Rotela, comandante da Área Naval Oriental, negou as alegações de roubo e tortura e sustentou que os detidos "vão dizer qualquer coisa". "Tudo o que foi apreendido já foi entregue ao Ministério Público, o navio está sob nossa proteção", acrescentou.

Fonte:

Deixe seu comentário