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Fronteira

Brasileiros reclamam após passar mais de 7h na fila para sair da Argentina

Problema que já é antigo na fronteira tem sido agravado nas últimas semanas com as férias de julho, que atrai grande número de turistas.

Publicado em 19/07/2023 às 16:36
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(Foto: Reprodução)

Os problemas para cruzar a fronteira entre Foz do Iguaçu e Puerto Iguazú, na Argentina, não são atuais. Passam se os anos e a mesma situação continua, apesar dos protestos e manifestações de turistas, moradores locais ou autoridades da fronteira. Em períodos de férias é ainda mais grave, como acontece nos últimos dias.

Com as férias escolares de julho, as filas em ambos os sentidos estão quilométricas e frequentemente tem sido alvo de reclamações nas redes sociais. Brasileiros chegaram a relatar espera de mais de 7h para atravessar a fronteira no sentido Argentina/Foz do Iguaçu nesta semana.


Um iguaçuense que retornava de Buenos Aires, afirmou que, na noite de terça-feira (19), chegou em Puerto Iguazú por volta da meia-noite. Ele só conseguiu chegar em Foz às 7h45 da manhã. “Só tinha duas guaritas funcionando na aduana argentina e a fila atingiu cerca de 6km em direção ao acesso às Cataratas do Iguaçu” relatou.

A situação é ainda mais dramática quando se leva em consideração que a região é turística, ou seja, o comércio, tanto argentino, quando iguaçuense, depende de um tráfego fluente e sem demoras e com menos transtorno para quem pretende cruzar a fronteira, além dos moradores que tem relações econômicas e sociais entre as duas cidades e que frequentemente ficam presos em filas no trânsito.

“Isso é ruim para a nossa imagem, enquanto morador de Foz, e horrível para o turista que tem essa vontade de fazer compras na Argentina ou consumir lá. E não é um problema da Argentina, é um problema geral, todos são afetados. Eu mesmo não tenho mais vontade de ir pra lá por conta disso” reclamou o iguaçuense.

A demora é ocasionada principalmente pela burocracia imposta pelo governo argentino para liberar o tráfego na fronteira. Em determinadas situações, mesmo apresentando os documentos exigidos, turistas e moradores encontram dificuldades para atravessar. O problema ainda é agravado pela falta de funcionários suficientes durante a realização dos trâmites.

Recentemente a imprensa argentina cobrou as autoridades do país exigindo uma solução urgente ao problema. “É fundamental contar com corredores turísticos que permitam um trânsito fluido e seguro aos visitantes e oferecer serviços de qualidade que satisfaçam as necessidades dos turistas” argumentou a reportagem.

O tema também tem sido pauta de debate nas organizações como Codefoz (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu) e no órgão equivalente de Puerto Iguazú, além de também ser debatido no Codetri (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Tríplice Fronteira), porém, sem grandes avanços até o momento.


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