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Cobrança da "Taxa de Ecoturismo" gera reclamações de turistas em Puerto Iguazú

Uma arrecadação milionária que é mantida em segredo pela prefeitura de Puerto Iguazú.

Publicado em 14/01/2020 às 08:02
Atualizado em

(Foto: Portal da Cidade)

(Foto: Portal da Cidade)

(Foto: Portal da Cidade)

Brasileiros e paraguaios que visitam ou apenas passam pela cidade de Puerto Iguazú, na Argentina, estão sendo obrigados a pagar a Taxa Ecoturística, quem não paga é perseguido pelos agentes de trânsito, leva multa e pode ter o carro apreendido. São inúmeras as reclamações de estrangeiros sobre a cobrança indevida da taxa.

De acordo com uma lei municipal, a Taxa Ecoturística deveria ser cobrada por dia e apenas de turistas que estejam hospedados na cidade, mas não é isso que vem acontecendo, mesmo que está apenas de passagem, aos que vão as cataratas do lado argentino ou apenas busquem parentes no aeroporto, são obrigados a pagar a taxa aos agentes de trânsito.

Uma arrecadação milionária que é mantida em segredo pela prefeitura de Puerto Iguazú. Ninguém sabe o valor arrecadado anualmente e nem para onde vai o dinheiro. De acordo com a imprensa de Puerto Iguazú, o prefeito Claudio Felippa se nega a divulgar o balanço mensal das finanças municipais, por isso não é possível obter dados sobre a arrecadação. Estima-se que somente em 2019, a Taxa Ecoturística tenha arrecadado 80 milhões de pesos, se convertido em real chegaria a R$ 5,4 milhões.

Um turista contou ao portal La Voz de Cataratas, que os agentes de trânsito fazem um câmbio próprio e acabam exigindo bem mais do que realmente deveria ser cobrado pela lei municipal, algo em torno de 60 pesos. A cobrança é feita pelo total de pessoas que estão no carro e pode chegar até R$ 12,50 por passageiro na conversão dos agentes.

Alguns brasileiros relataram ao Portal da Cidade que tiveram o carro apreendido após se negarem a fazer o pagamento e entrarem em discussão sobre a obrigatoriedade da taxa. Os agentes de trânsito se sentiram ofendidos, aplicaram multas e apreenderam o veículo, que só foi retirado no dia seguinte, após as multas serem revertidas no pagamento de 200 litros de combustível. 

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