Diante da instabilidade do comércio fronteiriço e da queda nas vendas, três renomadas empresas de Ciudad del Este, no Paraguai, abriram sua filial em Assunção, capital do país. A este respeito, o secretário de Indústria e Comércio do Governo do Alto Paraná, Iván Airaldi, explicou que isso é feito com o objetivo de diversificar os investimentos explorando novos nichos no mercado interno. Nesse contexto, a capital do país tornou-se bastante atrativa com grandes possibilidades comerciais.
Com o fechamento das fronteiras devido à pandemia do coronavírus, o turismo de compras ficou paralisado por vários meses, causando milhões em perdas e em massa de empregos. Essa situação obrigou as casas comerciais a adotarem novas estratégias para se sustentar e conseguir sobreviver às mudanças.
Como resultado de uma análise de mercado, os proprietários das lojas Nissei, Lion e Casa Americana abriram uma filial em Assunção, tendo em conta que durante a quarentena as compras de clientes desta parte do país continuaram a crescer exponencialmente.
Diante deste cenário, Iván Airaldi disse que “a massa de consumo está concentrada na capital do país, por isso as empresas optaram por se instalar ali”. Essa é uma estratégia para continuar gerando vendas e manter a empresa viva.
Entre os pontos a serem destacados, ele mencionou que 73% dos servidores públicos são da região metropolitana, então o mercado hoje está mais estável. “Para nós é positivo, desde que os investimentos sejam feitos dentro do Paraguai”, disse o responsável.
Ele destacou que a migração de empresas ocorre principalmente porque as cidades fronteiriças estão perdendo competitividade em relação às lojas francas do Brasil e da Argentina, para as quais o Congresso Nacional é instado a dar luz verde ao projeto do Regime de Exportações, que dorme no Senado. Este regulamento estabelece um imposto de 4% sobre os produtos vendidos a turistas estrangeiros.