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Esquema de cobrança de propina continua no trânsito de Cidade do Leste

Segundo testemunhas, o valor cobrado por carro é de 50 mil guaranis, cerca de R$ 35.

Publicado em 19/12/2018 às 03:16
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(Foto: Diario Vanguardia )

A intervenção judicial que afastou a prefeita de Cidade Leste por denúncias de corrupção, não assustou os guardas municipais que continuam o esquema de cobrança de propina à motoristas para liberar a fila para quem retorna a Foz do Iguaçu pela Ponte Internacional da Amizade, no Paraguai.

Em dezembro do ano passado, uma série de reportagens realizadas pela imprensa de Foz do Iguaçu mostrou o esquema de corrupção montado pelos guardas responsáveis pela orientação e controle do trânsito da cidade paraguaia. Em julho, um agente foi afastado após imagens comprovarem o crime. Um vídeo flagrou o guarda “apertando” a mão de motoristas, que na verdade era uma maneira discreta de repassar o dinheiro.

Nesta segunda-feira (17), o Jornal Diario Vanguardia, de Cidade do Leste, estampou na capa a denúncia: “Propina para circular em CDE”. As denúncias foram apuradas pela reportagem no último sábado, quando o movimento de compristas é maior entre os dois países. Segundo alguns motoristas, a demora para atravessar a fronteira passa de 1 hora. 

“Trata-se de um esquema de gera caos no trânsito do centro, criando longas filas para depois cobras dos motoristas que queiram sair do engarrafamento por vias alternativas. No sábado, pode-se observar que os policiais municipais paravam o trânsito gerando longas filas. Depois, entravam em ação jóvens com jalecos verdes, com a inscrição “Serviço de Guia ao Comprista, CDE Paraguai”, divulgou a matéria.

Segundo testemunhas, o valor cobrado por carro é de 50 mil guaranis, cerca de 35 reais. Quem paga, é passado na frente por caminhos alternativos, até chegar na aduana paraguaia da Ponte da Amizade, evitando horas de espera.

Elisa González, que trabalha no centro de Cidade do Leste, disse que a situação se repete todos os dias. “É necessário fazer uma grande investigação para ver o que acontece. Basta ficar parado na esquina da Monalisa para ver como funciona”, disse.

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