Dois funcionários que foram filmados cobrando propina para liberarem a passagem de mercadorias contrabandeadas do Brasil seguem trabalhando na Aduana, em Ciudad del Este, na fronteira com Foz do Iguaçu. O caso ocorreu há quase um ano, após denúncia na Unidade Interinstitucional de Prevenção, Repressão e Combate ao Contrabando (UIC).
De acordo com reportagem do jornal paraguaio ABC Color, os funcionários denunciados seguem recebendo salários que veriam entre R$ 6.990,00 e R$ 6.088,85.
Os dois funcionários, junto com outros funcionários da alfândega cuja identidade não foi revelada, foram filmados na manhã de 19 de outubro de 2020, quando coletaram propinas de contrabandistas para liberar a passagem de veículos carregados com cargas irregulares trazidas do Brasil.
A gravação foi produzida por câmeras da Alfândega instaladas em um depósito localizado no terminal de cargas, na área primária da Ponte da Amizade, que liga Ciudad del Este a Foz do Iguaçu.
O chefe da UIC, Emilio Fuster, apresentou a denúncia contra os funcionários suspeitos de corrupção às autoridades aduaneiras no dia seguinte, que anunciaram a abertura de um inquérito e um pedido de investigação ao Ministério Público Anticorrupção.
Quase um ano após o início da investigação, o resultado da investigação interna na entidade aduaneira é desconhecido.