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Investidores brasileiros estão "desencantados" do Paraguai, diz jornal

Empresários dizem que governo está colocado obstáculos aos investidores.

Publicado em 16/01/2020 às 07:46

(Foto: La Clave )

Uma das empresas afetadas é a Indústria de Papel Paraguaia (IPP), de capital brasileiro, instalada na Zona Franca Global de Ciudad del Este, que paralisou suas operações devido à incerteza em torno do regime de zona franca. A empresa não pode exportar desde dezembro, porque a Receita Federal não reconhece o certificado de origem das empresas paraguaias, que agora devem pagar uma tarifa entre 16% e 32% que anteriormente não existia.

A empresa possui uma equipe de 30 funcionários, praticamente à deriva devido à crise no setor. Os responsáveis ​​alegaram que "o Paraguai é apresentado como um destino para investimentos, no entanto, o Governo Nacional coloca obstáculos aos investidores".  

John Caio, gerente de negociação do IPP, explicou que eles estão no meio de uma insegurança muito grande, porque tudo está parado no galpão que eles têm na Zona Franca Global e a mercadoria tem preços com impostos de importação.

Da mesma forma, outras indústrias estão em perigo de fechamento, devido à situação que enfrentam e até agora não tiveram respostas concretas.

Crise

Existem cerca de 40 indústrias instaladas nas zonas francas Global e Trans Trade International em Alto Paraná, região de Ciudad Del Este, que analisam a saída do Paraguai desde a implementação da decisão 33 do acordo Mercosul, promovida pelo próprio governo paraguaio, afetando seriamente o setor industrial do país.

A ministra de Indústria e Comércio, Liz Crámer, recomendou que as indústrias passassem para o regime maquila, omitindo que isso só será válido até 2023. Em troca, os empregadores não querem arriscar a falta de segurança jurídica nos investimentos.

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