Oito das 20 turbinas geradoras de Itaipu chegram a ficar desativadas em decorrência da prolongada estiagem que atinge a região de Foz do Iguaçu e que afeta a produção de energia elétrica, que neste ano é 10% menor em relação ao mesmo período de 2020. A informação foi confirmada à imprensa pelos diretores do escritório brasileiro de Itaipu.
De acordo com os dados, em alguns momentos oito turbinas ficam paradas por falta de matéria-prima suficiente para a geração de energia elétrica: água. Isso depende da demanda programada pela Ande, empresa de energia elétrica no Paraguai e pelo Operador Nacional de Sistema (ONS) a Itaipu, segundo informações repassadas pela assessoria de comunicação da hidrelétrica.
Desde outubro do ano passado, não há registro de chuvas persistentes na área dos afluentes dos rios que alimentam a barragem de Itaipu. Nesta estação seca, foi registrado o nível mais baixo do rio Paraná, no auge da Ponte da Amizade, fronteira entre Foz do Iguaçu e Ciudad del Este, nas últimas duas décadas.
Em decorrência da estiagem, neste primeiro semestre do ano, Itaipu gerou 10,13% a menos de energia elétrica em relação ao mesmo período de 2020. Nos primeiros seis meses de 2021 produziu 33.828.702 MWH, enquanto no primeiro semestre atingiu 37.645.238 MWH . Em 2016, quando bateu o recorde mundial, gerou 50.076.935 MWH.
Apesar da redução na geração de energia, a hidrelétrica binacional atende a demanda tanto do Brasil quanto do Paraguai, segundo técnicos do lado brasileiro da empresa.
O reservatório de Itaipu tem 170 quilômetros de extensão e a água cobre uma área de 1.300 km2, o equivalente a quase nove vezes o território de Ciudad del Este. Porém, a água acumulada é insuficiente para garantir uma alta produção da hidrelétrica em épocas de seca, de acordo com reportagem publicada pelo jornal paraguaio ABC Color.
