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Energia Limpa

Itaipu defende papel da hidreletricidade na segurança energética do País

Declaração foi feita durante reunião internacional de energia limpa, no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (21).

Publicado em 23/03/2023 às 10:49

A Itaipu Binacional reforçou a importância das hidrelétricas para garantir a segurança energética do País, principalmente com o aumento da participação das outras fontes renováveis, como solar e eólica, na matriz elétrica. A declaração foi feita durante um talk show, nesta terça-feira (21), no segundo dia do encontro preparatório para a reunião ministerial Clean Energy Ministerial (CEM) e Mission Innovation (MI), que acontece no Rio de Janeiro (RJ), entre 20 e 22 de março. Itaipu patrocina o evento.

“Para ilustrar o papel da hidreletricidade sustentável diante da inserção massiva de fontes renováveis na matriz elétrica, temos o exemplo da Itaipu, que compensa as variações naturais das fontes renováveis intermitentes – ou seja, na ausência de vento ou de sol, é necessária uma fonte que complemente essas flutuações na geração de energia.

As hidrelétricas, como é o caso de Itaipu, são despacháveis e conseguem suprir essas oscilações nos momentos em que isso é necessário, contribuindo para a expansão dessas outras fontes renováveis e para a segurança do sistema”, afirmou Joni Madruga, assistente do diretor técnico executivo de Itaipu e representante da empresa no talk show.

Participaram da mesa redonda representantes de instituições do setor elétrico, como Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e Operador Nacional do Sistema (ONS), além da Secretaria de Clima, Energia e Meio Ambiente do Itamaraty. O talk show foi moderado pelo secretário de Planejamento e Transição Energética do Ministério de Minas e Energia (MME), Thiago Barral.

Segundo Joni Madruga, além de funcionar como uma espécie de “bateria” natural e renovável para o sistema elétrico, Itaipu contribui em manter limpa a matriz elétrica do Brasil por meio do investimento no desenvolvimento de outras fontes de energia renovável, como a biomassa. Localizada em uma região com grande produção pecuária, a empresa investe na tecnologia do biogás, que produz energia a partir dos dejetos de aves e suínos. “Este investimento mantém a qualidade da água do reservatório e representa novas fontes de energia na região”, afirmou.

“Inovação é também a forma de adaptar as tecnologias para novos contextos. Com o investimento em plantas de biogás, Itaipu traz uma mensagem poderosa de como a inovação pode ser utilizada para melhorar a realidade local”, contribui Thiago Barral.

O talk show marcou o encerramento da participação da Itaipu no encontro preparatório, que termina nesta quarta-feira (22). Na terça-feira (21), a binacional patrocinou um almoço, quando teve a oportunidade de mostrar as ações ambientais e de produção de energia limpa e renovável. Durante todo o evento, os participantes puderam fazer uma “visita” à usina hidrelétrica por meio de óculos de realidade virtual, no lounge da Itaipu.

Encontro preparatório

O evento no Rio de Janeiro é preparatório para Reunião Ministerial da CEM e da MI, que acontecem em julho, em Goa, na Índia. São mais de 300 participantes de delegações de 25 países, trabalhando no planejamento da colaboração internacional na área de energias limpas. A realização é do Ministério de Minas e Energia (MME) em parceria com o Ministério de Relações Exteriores (MRE). O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) apoiam a organização do evento.

Tradicionalmente, os encontros preparatórios acontecem no País onde será realizado o evento do ano seguinte. Em 2024, será a vez do Brasil sediar, pela primeira vez, a Reunião Ministerial do CEM e do MI. O encontro acontecerá em Foz do Iguaçu (PR), onde se localiza a Itaipu Binacional, como reconhecimento do papel da usina hidrelétrica na produção de energia renovável, que ajuda a manter uma matriz elétrica limpa no Brasil e no Paraguai.

CEM e MI

A Clean Energy Ministerial (CEM) é um fórum global de alto nível voltado para a promoção de políticas e programas que estimulem a adoção de tecnologias de energia limpa, o compartilhamento de lições aprendidas e melhores práticas e o incentivo à transição para uma economia global de baixo carbono. As iniciativas no âmbito desse fórum são baseadas em áreas de interesse comum entre os governos participantes e outras partes interessadas. Atualmente a CEM conta com mais de 25 países membros, entre os quais o Brasil.

Já a Mission Innovation (MI) contempla esforços globais de aceleração do desenvolvimento e adoção de inovações tecnológicas e regulatórias em energia de baixo carbono, por meio de políticas de pesquisa, desenvolvimento e demonstração. As missões no âmbito da MI reúnem países e parceiros públicos e privados em torno de esforços ambiciosos de descarbonização do setor energético. Atualmente, a MI possui 22 países membros, incluindo o Brasil.

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