O Senado do Paraguai tratará do pedido de empréstimo de 212 milhões de dólares na próxima semana para a execução das obras complementares da Ponte de Integração, do lado paraguaio. A construção da passarela internacional começou em agosto de 2019, porém, o Executivo encaminhou o pedido de empréstimo ao Congresso Nacional apenas em outubro deste ano, por isso teme-se que a obra não termine até 2022, prazo para entrega da passagem de fronteira, que alcançou quase 50% de avanço.
O empréstimo foi assinado pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) em 14 de agosto de 2020, e pelo Paraguai em 24 de agosto, no valor total de US$ 212 milhões. Seguindo o processo, em 10 de outubro, o projeto de empréstimo foi oficialmente admitido no Congresso Nacional, cujos legisladores deverão aprovar ou rejeitar o novo empréstimo. Nesse contexto, o plenário da Câmara Alta discutirá na próxima semana o pedido de financiamento das obras complementares da segunda ponte sobre o rio Paraná, que ligará as cidades de Presidente Franco (Paraguai) e Foz do Iguaçu (Brasil).
O investimento inclui uma via dupla de 32 km, uma nova ponte de 500 metros sobre o rio Monday para conectar a Ponte de Integração com a rota do PY02, bem como a instalação de uma área de controle aduaneiro primário em Presidente Franco entre outras obras na área de influência da passagem de fronteira, cujas obras foram iniciadas em 2019 e apresentam um avanço de quase 50% em ambas as margens.
Do que será investido, com a estimativa do fluxo futuro de passageiros e a instalação de praças de pedágio, os cálculos dos fluxos econômicos indicam que a Taxa Interna de Retorno (TIR) é de 52%, proporcionando uma recuperação do investimento em um prazo de 20 anos, o que indica uma grande vantagem. Por outro lado, indicadores de rentabilidade econômica, como o Valor Presente Líquido (VPL), apresentam valores positivos, superiores a 12%, o que indica que é economicamente viável.
Demora
De acordo com o cronograma, as obras deveriam começar em maio como do lado brasileiro, onde há avanços significativos, enquanto do lado paraguaio ainda não foi discutido no Congresso.