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Argentina

Puerto Iguazú sente os efeitos de quase um ano com a fronteira fechada

No próximo dia 18 de março faz 1 ano que a Ponte Tancredo Neves foi fechada, diminuindo drasticamente o movimento de clientes no comércio local.

Publicado em 05/03/2021 às 03:20
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Prestes a completar um ano do fechamento da Ponte Tancredo Neves, na fronteira entre Brasil e Argentina, o cenário que se vê na cidade de Puerto Iguazú é bem diferente daquele conhecido por turistas brasileiros, especialmente os de Foz do Iguaçu, quando podiam visitar o local, em tempos de passagem liberada.

Poucas pessoas circulam nas ruas quase desertas. A exceção fica por conta de moradores locais e turistas da própria Argentina, que costumam frequentar o local, especialmente aos finais de semana. Na entrada do shopping Duty Free, a poucos metros da aduana do vizinho país, o mato cresceu, já que o local está fechado desde o dia 18 de março do ano passado e é voltado basicamente para compradores do exterior, proibidos de entrarem no país por vias terrestres, aéreas ou marítimas.

Por decisão do presidente Alberto Fernández, todas as fronteiras terrestres da Argentina foram fechadas no dia 18 de março de 2020, para conter o avanço do novo coronavírus no país. A medida, prevista para encerrar dia 28 de fevereiro, foi prorrogada até o dia 13 de março, mas pode se estender ainda mais.

Comerciante de uma das mercearias mais tradicionais de Puerto Iguazú, Victor Enrique Fernandez avalia que a queda no atendimento possa ter chegado a 85%. Boa parte do comércio da região dependia dos turistas brasileiros, em torno de 90%, segundo ele, e apesar da reabertura das atividades econômicas e presença de alguns turistas argentinos cansados de ficarem em casa, a situação não melhorou muito, devido à inflação, aumentos dos preços, entre outros fatores.

"Produtos de longos vencimentos, tábuas de frios e vinhos em geral, alimentos regionais que acabam sendo foco do 'turista' de outras cidades da região de Misiones, que por estar cansado da pandemia acaba vindo a Puerto Iguazú e consumindo. Porém, não é porque há um pequeno aumento, que é tudo maravilhas. A inflação, os aumentos e depreciação da moeda superam essa pequena 'melhora' substancial que faz a 'roda girar'", comentou o comerciante do local chamado O Salame Maluco.

Por trabalhar com produtos perecíveis, o período em que o estabelecimento precisou ficar fechado, logo no começo e fase mais restritiva da quarentena em 2020, muitos alimentos tiveram que ser doados, cerca de 40%, por conta do vencimento.

"Perdas de mercadorias vencidas durante a fase mais restrita da quarentena. E o que não venceu e apodreceu, acabamos doando. Cerca de 40% do estoque de alimentos", explica Victor Fernandez, de dupla cidadania, brasileiro naturalizado argentino.

A província de Misiones, onde está Puerto Iguazú, possui 8.856 casos de Covid-19 e 155 mortes causadas pela doença.

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