Quatro policiais de Presidente Franco, fronteira com Foz do Iguaçu, foram presos suspeitos de extorquir um brasileiro que teve um encontro íntimo com uma mulher. De acordo com o jornal ABC Color, a vítima teria pago R$ 22 mil aos policiais.
Segundo informações repassadas pela promotora que investiga o caso, Zunilda Ocampos Marín, a vítima vinha mantendo contato com uma mulher pelo Facebook até marcar um encontro próximo a uma padaria. Lá, a mulher saiu de um carro vermelho e embarcou no veículo da vítima e foi para um motel próximo, de onde saíram meia hora depois. Na saída, a poucas quadras do local, estava uma viatura policial, onde os agentes acabaram abordando o casal e solicitando seus documentos pessoais.
De acordo com a denúncia, a mulher disse não ter seu documento no local, quando os policias alegaram que a mulher era menor de idade e teriam exigido R$ 4 mil para evitar qualquer procedimento. O homem entregou o dinheiro e foi embora, enquanto a mulher ficou com a polícia.
Mas, a extorsão não acabou. A vítima recebeu no dia seguinte, um telefonema de uma pessoa alegando ser procurador, informando que se não quisesse ter problemas jurídicos, teria que pagar R$ 20 mil. Imediatamente, o homem recebeu uma suposta notificação em seu celular sobre uma denúncia de abuso sexual.
O brasileiro novamente cedeu à extorsão e entregou a quantia de R$ 18 mil, cerca de G$ 23 milhões de guaranis, mas no dia seguinte foi novamente extorquido por telefone, quando disseram que faltavam R$ 2 mil. Foi quando o homem decidiu apresentar uma queixa para as autoridades paraguaias.
Durantes as investigações, foi possível identificar os quatro policiais envolvidos no esquema, eles foram presos por extorsão, extorsão agravada e associação criminosa.