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Pandemia no Paraguai

Região de Ciudad del Este à beira do colapso com aumento de casos de Covid-19

O médico da 10ª Região de Saúde do Alto Paraná relatou que a ocupação dos leitos de UTI chegou a 100% nesta semana.

Publicado em 03/03/2021 às 00:43
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(Foto: Arquivo/ABC Color)

A situação epidemiológica no Alto Paraná com relação à Covid-19 é crítica, com 100% de ocupação nas UTIs, elevado número de infecções, circulação casos comunitários e reinfecção. O diretor da 10ª Região de Saúde, Dr. Hugo Kunzle, descreveu como constrangedoras as cenas de festas e multidão com jovens no fim de semana. O Alto Paraná é região que tem Ciudad del Este como capital.

O médico relatou que nas últimas 6 ou 7 semanas houve um aumento no pico de casos positivos e que a ocupação dos leitos na Unidade de Terapia Intensiva chega a 100%. Ele acrescentou que, apesar de a região ter crescido no número de leitos habilitados, no momento estão atendendo acima da capacidade.

“Em uma enfermaria normal, na semana passada tínhamos 35 pacientes internados, agora temos 55. Isso reflete que na comunidade existe um número muito alto de infectados e um grande número de circulação comunitária”, explicou.

Ele acrescentou que a qualquer momento um desses 55 pacientes pode descompensar e que será difícil colocá-los em um leito com ventilação mecânica já que no Paraguai a situação nos hospitais públicos é bastante complicada.

Em relação aos internados, ele comentou que neste momento são atendidos jovens, muitos com casos de reinfecção, alguns com os mesmos sintomas e outros com complicações.

Por outro lado, referiu que os profissionais de saúde estão sentindo fortemente o ataque desta segunda onda no departamento. “Atualmente temos um médico sério em terapia intensiva, cinco enfermeiras hospitalizadas e várias isoladas”, disse o Dr. Kunzle.

Ele lamentou que haja um relaxamento nas medidas sanitárias e chamou vergonhosos as multidões nos eventos do fim de semana.

“Vocês foram testemunhas de vergonhosos cenários de dança de multidões, principalmente jovens, em eventos que não são mais festas clandestinas, neste momento vemos festas organizadas por grupos de eventos em hotéis, restaurantes, pubs e, nesse sentido, pedimos a colaboração dos órgãos de segurança, para que a Polícia e o Ministério Público intervenham e façam cumprir o protocolo sanitário”, concluiu.

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