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Manifesto

Setor hoteleiro do Paraguai repudia sequestro de brasileiros por afetar turismo

Os empresários destacaram que eventos desse tipo afetam negativamente a imagem do país, por não oferecerem garantias de segurança aos visitantes.

Publicado em 21/01/2021 às 23:05
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(Foto: Divulgação)

Em nota, a Associação de Hotéis do Alto Paraná, a Associação Industrial de Hotéis do Paraguai e a Associação de Hotéis de Itapúa expressaram preocupação com o assédio policial aos turistas brasileiros, ocorrido nesta semana com o sequestro e extorsão de dois jovens, moradores de São Paulo, que estiveram de férias no Paraguai por 15 dias.

"Repudiamos aptidões e ações como essas, onde os encarregados de zelar pela segurança dos paraguaios e estrangeiros no território nacional são os que cometem esse tipo de crime”, diz parte da declaração dos hoteleiros a respeito do caso de turistas brasileiros sequestrados e extorquidos por policiais, durante uma visita ao Paraguai. “Fatos como esses afetam gravemente o setor turístico, que de maneira difícil está condenado à tão esperada reativação”, acrescenta a nota.

Os empresários destacaram que eventos desse tipo afetam negativamente a imagem do país, por não oferecerem garantias aos visitantes, já que a chefia da polícia se encarrega de dar segurança aos cidadãos, porém são considerados "bandidos fardados".

Os brasileiros Mateus Mangiocca (22) e Julia de Lima Venancio (21) vivenciaram momentos de terror no Paraguai, quando foram parados ​​por agentes da 21ª Delegacia, na cidade de Torín, no bairro Juan Eulogio Estigarribia, departamento de Caaguazú, alegando que a carteira de habilitação da jovem era inválida. Os policiais exigiram R$ 50 mil do casal para que eles pudessem continuar sua viagem. O caso só foi descoberto e denunciado, quando o gerente e seguranças da agência bancária em Foz do Iguaçu, onde a jovem veio sacar o dinheiro, perceberam o nervosismo da mulher e estranharam o pedido da grande quantia solicitada.

“Convidamos a instituição policial a rever os mecanismos de formação dos seus quadros, a analisar o viver em estado de direito e não 'de fato', a sensibilizar os cidadãos que estão ao serviço dos outros, a trabalhar o ressentimento, a submeter-se a critica o corporativismo que os deixa à mercê da cumplicidade e do encobrimento das situações criminais, para rever qual é o equilíbrio psicológico de quem veste uniforme, arma e exerce autoridade”, diz o manifesto.

E acrescenta: “Pedimos às autoridades competentes que controlem as ações policiais, que estejam à altura para evitar danos maiores do que os que já foram causados ​​ao nosso tecido social e aos cidadãos para controlar, divulgar e denunciar” .

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