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Costa Cavalcanti implanta robô capaz de auxiliar no diagnóstico da Sepse

Tecnologia inovadora reduz taxas de morbidade e mortalidade de pacientes.

Publicado em 02/07/2018 às 21:46

(Foto: Kiko Sierich)

O Hospital Ministro Costa Cavalcanti deu mais um importante passo na luta contra a Sepse, conhecida popularmente como Infecção Generalizada. Há oito meses o HMCC vem trabalhando com a Laura, uma plataforma de inteligência artificial, desenvolvida por um analista de sistemas brasileiro — Jacson Fressatto — que está ajudando médicos e enfermeiros do Paraná (Brasil) a salvar vidas e a reduzir os casos de infecções graves - que são uma das principais causas de morte hospitalar.

A Laura entra no sistema do hospital e minera todas as informações sobre o paciente, como resultados de exames e sinais vitais, por exemplo. “Nosso objetivo é empoderar os profissionais da saúde de informações para que eles possam tomar uma atitude no tempo certo, e consequentemente salvar vidas”, explica o analista de sistemas Jacson Fressatto, criador do LauraBot. 

Segundo ele, durante os nove meses trabalhando como voluntário em hospitais para conhecer mais sobre a Sepse, ele percebeu que a equipe médica e de enfermagem se dedicava o tempo todo, porém faltava o básico, informação para que eles pudessem seguir adiante.

Por meio de uma tela de televisão, o robô fica ansioso por salvar vidas e demonstra todo esse inquietamento através de cores, do verde, para o amarelo, até o alaranjado e terminando no Vermelho, e alertas auxiliando as equipes a identificarem qual paciente deve ter o atendimento priorizado. “A ansiedade de Laura funciona totalmente por meio de alarmes não sonoros que através do incomodo periférico mostrando a todo time assistencial qual leito precisa de mais atenção”, frisa Jacson.

“O Hospital Ministro Costa Cavalcanti vem se modernizando a cada dia, e utilizaremos a plataforma de Inteligência Artificial para contribuir na missão de salvar vidas. Mais uma vez nosso hospital sai na frente, pois temos este protocolo de prevenção implantado há muito tempo, e agora somos um dos primeiros hospitais do Brasil a utilizar esta tecnologia como ferramenta de apoio”, explica o diretor administrativo-financeiro do HMCC, Fernando Cossa.

Segundo dados do Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS) — organização responsável pelo gerenciamento da coleta de dados e condução da campanha no Brasil — a septicemia atinge 2,5 milhões de brasileiros por ano, sendo que desse número, cerca de 250 mil acabam morrendo. “No mundo, ela mata uma pessoa a cada 1 minuto e meio. A sepse mata mais que câncer”, conta o médico coordenador do protocolo de Sepse no HMCC, André Maia.

Saiba de uma vez por todas o que é Sepse

O Hospital Ministro Costa Cavalcanti faz parte, desde 2013, de um grupo de unidades de saúde preocupadas com o controle e tratamento efetivo da sepse.

Mas afinal o que é isso?

É definida como o conjunto de sinais e sintomas que traduzem as reações do organismo frente a processos infecciosos. 

Entre os principais sinais e sintomas da sepse estão temperatura acima de 38°C, frequência cardíaca maior que 90 batimentos por minuto e frequência respiratória acima de 20 movimentos por minuto. Agitação e confusão mental também podem fazer parte do quadro clinico séptico. A terapia é realizada a partir de conjunto de intervenções, que englobam antibióticos, hidratação, entre outras necessidades específicas. “O tratamento deve ser instituído de forma muito rápida, a abordagem inicial garante atendimento entre três e seis horas, pois as chances de óbito aumentam consideravelmente com o passar do tempo”, alerta Dr. André.

De acordo com o Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS) o quadro, que também é conhecido como disfunção ou falência de múltiplos órgãos, é o responsável por 25% da ocupação de leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no Brasil, um número extremamente alto que acaba exigindo custos igualmente altos em tratamento: só em 2003, foram gastos R$ 17,3 bilhões para tratar 398 mil casos registrados de septicemia.

Sobre a Laura

Depois de perder a Laurinha para Sepse ou infecção generalizada, uma síndrome que atinge 30 milhões de pessoas por ano matando mais do que o câncer.

Seu pai Jacson Fressatto inventou um Robô cognitivo, que usa a Inteligência Artificial para analisar os dados dos pacientes, prevendo riscos, gerando alertas para que médicos e enfermeiras atuem de forma mais rápida e direta sobre os pacientes mais críticos.

Seu maior diferencial é que ela analisa, entende e conversa diretamente com a área operacional de uma instituição, e assim, sabe de que forma pode auxiliar e facilitar o dia-a-dia dentro da corporação. Encontrando falhas operacionais informando as pessoas responsáveis, salvando “tempo, recurso e vidas”.

O objetivo da Laura é afetar positivamente a vida de 1 bilhão de pessoas. 


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