Foz do Iguaçu e outras 38 cidades do Estado fazem parte de uma investigação da Assembleia Legislativa do Paraná, que apura fraudes na vacinação contra a Covid-19.
Vacinados contra a doença teriam usado o Cadastro de Pessoa Física (CPF) de quem já teria morrido. Tudo isso, para furarem a fila de pessoas do grupo prioritário de vacinação, informa o canal de notícias CNN.
Os casos estão sendo investigados pela Comissão Especial de Investigação (CEI), subordinada à Assembleia Legislativa. As informações são colhidas e repassadas ao Ministério Público, que segue com as investigações e a abertura de um possível inquérito a fim de punir eventuais irregularidades.
Na lista aparecem 99 casos, alguns já foram descartados e apontados como erros de digitação. “Esses casos dos mortos são emblemáticos pela fraude, mas há várias outras situações chegando a quase mil denúncias de pessoas que se vacinaram fora do Plano Nacional de Imunização”, afirmou o deputado Delegado Francischini, presidente da comissão.
Em nota enviada à imprensa, a prefeitura de Foz do Iguaçu diz que ainda não foi notificada sobre a denúncia e que, desde janeiro, quando iniciou a vacinação contra a Covid-19, a Secretaria de Saúde presta contas constantemente sobre a aplicação das doses ao Ministério Público Federal e ao Ministério Público do Paraná, Câmara Municipal de Vereadores e ao Conselho Municipal de Saúde.
Confira abaixo a nota da prefeitura:
A Secretaria de Saúde de Foz do Iguaçu informa que ainda não foi oficialmente notificada sobre a denúncia de caso de pessoas que receberam a vacina contra a covid-19 com o CPF de pessoas falecidas.
Desde o início da campanha de vacinação, em janeiro deste ano, a Secretaria de Saúde presta contas constantemente sobre a aplicação das doses ao Ministério Público Federal, Ministério Público do Paraná, Câmara Municipal de Vereadores e ao Conselho Municipal de Saúde. Também foi criado um Portal da Transparência sobre a vacinação contra a covid-19 para facilitar o acesso às informações sobre a campanha.
A pasta se coloca à disposição dos órgãos responsáveis pela investigação e espera que a situação seja esclarecida o mais rápido possível e que, caso seja confirmado fraude, os responsáveis sejam punidos.