Há alguns anos, talvez algumas décadas, rodas-gigantes eram apenas um brinquedo de parque de diversão – e nem estavam entre os mais procurados. De repente, a moda surgiu: rodas em destinos turísticos. E, antes que se percebesse, estavam em todo o mundo. Hoje, um destino que queira ser levado a sério precisa ter sua roda, ou estrela, ou olho.
Foz do Iguaçu não poderia ficar atrás, e já está a caminho essa nova atração. Enquanto ela não chega, que tal dar uma olhada nas irmãs espalhadas pelo mundo?
A mais antiga
Para comemorar o jubileu de 50 anos do imperador Francisco José, a cidade de Viena inaugurou uma moderna roda-gigante. Corria o ano de 1897. A Wiener Riesenrad está lá até hoje e, se não é mais tão moderna, ainda gira com uma beleza absolutamente clássica. Se for à capital austríaca, procure-a no tradicional Parque Prater.
As pioneiras
Quando falamos em rodas-gigantes, há duas pioneiras nos Estados Unidos. Não são enormes, tampouco modernas, mas são incrivelmente tradicionais. Dois marcos da diversão que resistiram ao tempo e à tentação de desmontá-las e colocar alguma nova montanha-russa em seu lugar.
Em Nova York, temos a Wonder Wheel, nome que é praticamente sinônimo do brinquedo. Está localizada no parque de Coney Island, que você certamente já a viu em vários filmes.
Do outro lado do país, no píer de Santa Mônica, em Los Angeles, está a Pacific Park Wheel, que também já foi vista em filmes, e da qual se pode ver o oceano Pacífico em toda sua beleza.
A maior e a nova maior
Lar de inúmeros cassinos, alguns entre os mais antigos do continente, Las Vegas também ostenta uma famosa roda gigante, a High Roller. Com impressionantes 167 metros, é a atual campeã em altura, o que corresponde a um prédio de 55 andares. Mas se você ler esse artigo após outubro de 2021, provavelmente a maior roda gigante do mundo será a Ain Dubai, nos Emirados Árabes. Ela terá 250 metros, o tamanho de um prédio de 83 andares. Será que Vegas vai dar o troco?
A mais lembrada
Entre todas as rodas do mundo, a mais lembrada é provavelmente a London Eye. Localizada às margens do Tâmisa, com vista privilegiada do Parlamento e do Big Ben, virou atração obrigatória para quem vai a cidade. Ajuda no recall o fato de ser constantemente focalizada em filmes que se passam na cidade. Já foi, inclusive, destruída algumas vezes nas telonas.
A sem raios
E o que dizer de uma roda que não tem os raios de metal, mas sim um gigantesco buraco no meio? Essa é a Bohai Eye, em Weifang, na China. Ela é uma roda que, bem, não roda. Os carrinhos (que tem até TV) se movem em um trilho. Com 120 metros de altura, é o maior exemplar do gênero.
A concorrente
A ideia de colocar uma roda em um destino de cataratas não surgiu em Foz. As concorrentes americanas no Niágara têm sua SkyWheel, de cujo topo se consegue ver as quedas. Não discutimos o pioneirismo, mas se formos falar em volume d´água... aí já é outra história.
As brazucas
A moda da roda já tem representantes nacionais. O Rio de Janeiro tem sua Rio Star, advinda como parte das reformas feitas para as Olimpíadas de 2016. Localizada na região portuária, permite uma visão de cima das maravilhas que dão o apelido à cidade.
Em Balneário Camboriú, a roda se chama FG Big Wheel e está em um dos extremos da praia, oferecendo vista terra-mar, e também de alguma vegetação nativa.
Entre as duas, a do Rio ganha na altura – 88 metros contra 65 da catarinense. Mas, se tudo seguir como planejado, a roda mais alta na América Latina estará em São Paulo, às margens do rio Pinheiros. Com 90 metros projetados, a nova atração é parte do projeto de revitalização da região, e estará localizada no Parque Villa Lobos. Até o momento não há um nome definido, então, há tempo para opinar. São Paulo Wheel, Eye ou Star?
