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Artista de Foz do Iguaçu cria mural exclusivo em grafite no Parque das Aves

O painel de 13 metros de comprimento poderá ser apreciado em frente ao Viveiro Aves de Rios e Mangues, que estará em reforma.

Publicado em 18/08/2022 às 16:09

(Foto: Divulgação/Parque das Aves)

(Foto: Divulgação/Parque das Aves)

(Foto: Divulgação/Parque das Aves)

(Foto: Divulgação/Parque das Aves)

O artista Davi Souza, autor de inúmeros projetos de grafite em Foz do Iguaçu, está trabalhando em um painel exclusivo no Parque das Aves, localizado em frente de um dos mais antigos viveiros do local, que estará em reforma. Davi, que começou o trabalho na segunda-feira, 15 de agosto, deve finalizar o painel nos próximos 10 dias.

“O painel terá ilustrações gigantescas de algumas das aves que vivem no Viveiro Aves de Rios e Mangues. Então, temos certeza que todos vão querer tirar uma foto para as redes sociais, e estamos muito animados com a possibilidade de oferecer mais essa experiência aos nossos visitantes”, comenta Soraya Penzin, diretora institucional do Parque das Aves.

O mural

Para este projeto, o artista Davi Souza foi convidado a criar uma representação artística do Viveiro Aves de Rios e Mangues, um dos espaços mais queridos pela equipe e pelos visitantes do Parque das Aves.

“Fiquei muito contente com a proposta. O resultado final logo, logo estará disponível para os visitantes do Parque das Aves, que poderão apreciar e tirar selfies com as pinturas de aves do viveiro, como guarás, garças, papagaios-de-peito-roxo, entre outras. Com certeza, essas cores, formas e aspecto visual inigualável do grafite irão chamar a atenção de todos”, comenta Davi.

O painel de 13 metros de largura por 2,2 metros de altura foi concebido em partes, para que possa ser desmontado no futuro, depois da reforma do viveiro. Assim, cada parte poderá ser reposicionada em outros espaços do Parque, incluindo a área de acesso exclusivo dos colaboradores.

“O Parque das Aves trabalha para salvar espécies da Mata Atlântica e seus habitats, e as práticas sustentáveis são essenciais para isso. Assim, tentamos sempre pensar em materiais que possam ser reutilizados, contando com parceiros locais e atuando para não desperdiçar recursos”, comenta Soraya.

A reforma

O Viveiro Aves de Rios e Mangues foi um dos primeiros a ser construído no Parque das Aves, e a intenção de reformar o local já estava presente há anos.

“Quando ele foi concebido, o Parque das Aves recebia uma média de 100 mil visitantes por ano. Hoje, recebemos esse número de pessoas por mês! Assim, a ponte do Viveiro Aves de Rios e Mangues, que já foi larga o suficiente para que todos passassem, se tornou estreita demais. Por isso, a reforma vai garantir mais acessibilidade e conforto para os nossos visitantes”, comenta Cícero Luccas, diretor de infraestrutura do Parque das Aves.

Durante a reforma, a equipe de infraestrutura do Parque vai criar uma nova ponte, nos mesmos moldes da que foi construída no Viveiro Cecropia: mais larga, menos íngreme e com espaços de contemplação para que os visitantes possam parar e observar as belezas do viveiro. Além disso, a tela será renovada e as colunas atuais do viveiro serão trocadas por outras mais leves.

As aves do Viveiro Aves de Rios e Mangues

No período de reforma, as aves do viveiro serão transferidas para outros recintos, fora da área de visitação.

"Como a reforma será bem extensa, vamos transferir os animais para outros locais do Parque para que eles possam permanecer com o mesmo conforto em que vivem atualmente. Porém, nossos visitantes ainda podem continuar admirando algumas dessas espécies em outros viveiros, como o Viveiro Árvore da Vida, onde vivem guarás, garças e marrecos, e o Viveiro das Araras, que também abriga papagaios”, comenta Paloma Bosso, diretora técnica do Parque das Aves.

A transferência das aves começará assim que a arte do Davi estiver concluída e o painel for levado para o local onde a reforma acontecerá.

“O trabalho de transferência das aves precisa ser muito cuidadoso, considerando as particularidades de cada espécie, para que se mantenha o bem-estar dos animais e de quem maneja as aves. Não conseguimos dizer com precisão quanto tempo esse processo vai levar: pode ser alguns dias ou semanas, pois tudo depende das aves. No entanto, nossa equipe já realizou incontáveis transferências, algumas nas quais os animais foram treinados para cooperar com esses procedimentos. Temos a expectativa de que em breve eles estejam em sua moradia temporária para que a reforma possa começar”, explica Paloma. 

O viveiro favorito do fundador do Parque das Aves

O Viveiro Aves de Rios e Mangues, que no passado foi chamado de Viveiro Pantanal, foi um dos primeiros a ser construído no Parque das Aves. 

Esse era o viveiro preferido do fundador do Parque, o Sr. Dennis Croukamp. Por isso, depois de seu falecimento, dois anos depois da inauguração do Parque das Aves, o viveiro recebeu uma placa especial em sua memória.

“A estrutura do viveiro ainda é a original, ou seja, tem mais de 25 anos de idade. Então, apesar de estar conservada, se encontra desatualizada e não atende mais a demanda do Parque das Aves. Por isso, a reforma vai garantir que o local preferido do Sr. Dennis mantenha suas características tão queridas por todos, mas de forma mais moderna e confortável”, finaliza Cícero.

No passado, o espaço já abrigou jacutingas, mutuns, gralhas, que hoje podem ser observados em outros viveiros do Parque. Em 2017, quando o Parque das Aves adotou a missão de proteger as aves da Mata Atlântica, o local foi rebatizado como Viveiro Aves de Rios e Mangues, recebendo novos moradores.

“Hoje, um dos moradores ilustres do Viveiro Aves de Rios e Mangues é um cabeça-seca, ave resgatada pela polícia ambiental que passou por uma cirurgia aqui no Parque das Aves, na qual nossa equipe removeu uma projétil que estava alojada próximo ao coração do animal. Depois desse grande feito, ele se recuperou muito bem e hoje vive saudável sob nossos cuidados”, comenta Paloma.

O grafite e a Mata Atlântica

O artista local Davi Souza já trabalhou em diversos painéis em Foz do Iguaçu e região, muitos deles retratando a fauna e flora da Mata Atlântica, principalmente da região de Foz do Iguaçu.

“Eu sou apaixonado pela natureza, e uso o grafite para expressar esse sentimento em forma de arte. Estou adorando a oportunidade de retratar os animais do Viveiro Aves de Rios e Mangues, que logo será reformado. Acredito que o resultado vai agradar a todos, visitantes e colaboradores”, comenta Davi.

Davi já participou de outras ações semelhantes ao redor da cidade, como um projeto no Hospital Costa Cavalcanti, onde usou cores vibrantes para representar a fauna iguaçuense, e uma grafitagem feita nos tapumes metálicos instalados na revitalização do Gramadão da Vila A.

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