Vir do Paraguai ao Brasil, através da Ponte da Amizade, tem sido um verdadeiro teste de paciência. Tudo por conta da operação-padrão dos auditores fiscais da Receita Federal. Turistas relatam espera de até três horas para cruzar a fronteira.
Buscando pressionar o governo federal para que aprove os reajustes da categoria, os auditores fazem vistoria em cada veículo que entra no país. Com menos servidores trabalhando, o procedimento congestiona todo o tráfego, especialmente o transporte de cargas.
A operação também é realizada no Porto Seco de Foz do Iguaçu. São afetados despachos aduaneiros de importação e de exportação. A exceção é para cargas vivas, perecíveis ou medicamentos.
E não são apenas os auditores que participam da operação-padrão. Outros funcionários da Receita Federal e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também fazem parte.
Aprovado pelo Congresso Nacional no final do ano passado, o orçamento de 2022 não prevê reajuste para os auditores fiscais, ao contrário de outras categorias do funcionalismo público. Além disso, eles reclamam de redução de verba para a Receita Federal, o que fez com que vários funcionários com cargos de chefia colocassem o cargo à disposição.