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Free shops no Brasil pode afetar 300 mil trabalhadores no Paraguai

Empresários estão preocupados com a possível instalação de lojas francas nas cidades de fronteira.

Publicado em 04/07/2018 às 21:16
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(Foto: Arquivo)

Os empresários paraguaios estão preocupados com a possível instalação de lojas francas nas cidades brasileiras de fronteira. Em março deste ano, a Receita Federal do Brasil publicou a instrução normativa (IN) que complementa a Portaria 307/2014 do Ministério da Fazenda, que dispõe sobre a aplicação do regime aduaneiro especial de loja franca em fronteira terrestre, os chamados free shops.

O Centro de Importadores do Paraguai (CIP) anunciou esta semana que a instalação de free shops no lado brasileiro da fronteira pode afetar cerca de 300 mil trabalhadores paraguaios, que vivem do comércio na fronteira, direta e indiretamente, principalmente em Cidade do Leste e Salto del Guaira.

O diretor da CIP, Iván Dumot, disse que a instalação dessas lojas em todas as cidades brasileiras de fronteira, em especial Foz do Iguaçu, afetará diretamente o Paraguai. Para Dumot, é difícil estimar com exatidão as perdas que o comércio paraguaio pode sofrer, mas credita que seja em torno de 40%.

A CIP pediu ao futuro governo do presidente eleito Mario Abdo Benitez, que se manifeste sobre o assunto, que preocupa os comerciantes. O novo presidente assume o país no dia 15 de agosto.

Dumot informou que há tempo trabalha com o atual governo na elaboração de um plano de ação no país, realizando análises comparativas para estabelecer em quais categorias possuem mais ou menos competitividade e assim negociar mudanças na cobrança de impostos. A ideia é demonstrar que o Paraguai pode reagir e brigar contra este modelo que está sendo implantado nas fronteiras brasileiras e continuar tendo preços competitivos.

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