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CCZ alerta para epidemia de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti

Levantamento realizado entre os dias 07 e 11 de janeiro aponta índice de infestação.

Publicado em 18/01/2019 às 08:12

(Foto: Divulgação/Pixabay)

O Centro de Controle de Zoonoses divulgou nesta sexta-feira (18) os resultados do índice que regula a presença de focos do mosquito Aedes aegypti no município. O Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa), realizado entre os dias 07 e 11 de janeiro, apontou um Índice de Infestação Predial (IIP) de 3,5% (a cada 100 imóveis, em mais de três há presença de criadouros do mosquito), classificando o município em Médio Risco para epidemias das doenças transmissíveis pelo Aedes aegypti. 

O LIRAa é o instrumento indicado pelo Ministério da Saúde para todos os municípios brasileiros, utilizado para predizer o risco de epidemias da dengue (e também de outras Arboviroses, como zika e chikungunya). No total foram amostrados 4.933 imóveis (4,48% do total) em 3350 quarteirões, com a captura de 207 amostras de larva do mosquito. 

O CCZ realizou também a captura de formas adultas do mosquito (290 amostras), as quais foram encaminhadas ao Laboratório de Saúde Única do CMT, ligado ao Hospital Ministro Costa Cavalcanti e conveniado do município, para realizar a detecção viral das arboviroses. Neste levantamento foram detectadas as presenças dos vírus DENV-2, DENV-4 e Zika. A infecção por um desses sorotipos pode causar tanto a manifestação clássica da doença quanto a forma considerada hemorrágica. 

Criadouros 

Na pesquisa desenvolvida no LIRAa, a verificação de criadouros apontou para um dado preocupante: 71% deles eram formados por objetos de fácil remoção, dispostos de forma irregular e que possibilitam o acúmulo de água, favorecendo a proliferação de vetores. Na maioria das situações encontradas os criadouros se formaram dentro de latas, embalagens plásticas, garrafas PET, potes de vidro, brinquedos velhos, que tem possibilidade de reutilização ou reciclagem, mas são abandonados nos quintais favorecendo assim a procriação do mosquito. 

“Estamos continuamente em estado de alerta. Sabemos que nesse período do ano as condições são propícias para a proliferação, precisamos contar não somente com o trabalho dos agentes de saúde, mas também saber que a população está fazendo sua parte”, comentou o chefe do CCZ, Carlos Santi. 

Áreas de risco

O levantamento entregue pelo CCZ classificou as áreas conforme o seu grau de risco. Nas áreas onde foram encontrados mosquitos positivos, o órgão já iniciou as atividades de bloqueio, com ações mais focadas e pontuais para reduzir a transmissão da doença. Em áreas como Profilurb I, Morumbi I e III, Jardim São Paulo I e II, Lancaster, Campos do Iguaçu, AKLP, Portal da Foz, Parque Presidente, os trabalhos de rotina estão sendo intensificados, com trabalho de educação, vistoria para procura de criadouros e busca ativa de pacientes sintomáticos (iniciando sintomas) e que ainda não tenham buscado uma unidade de saúde. Para a complementar a ação, equipes do CCZ farão a aplicação de inseticidas para corte da transmissão das doenças nessas localidades. 

Estado de Alerta 

Segue vigente o Decreto nº 26.504, de julho de 2018, que decretou estado de atenção para o risco de epidemias de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. A normativa autoriza o Poder Público a notificar e autuar todos os imóveis que não atenderem aos preceitos de limpeza e asseio, propiciando a formação de criadouros do mosquito e, com isso, colocando em risco a saúde da coletividade.

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