Em onze meses do ano, Foz do Iguaçu já registrou 13 casos de morcegos contaminados com a raiva. Durante todo o ano de 2019, foram registrados 19 casos de raiva em morcegos na cidade. O mais recente caso foi diagnosticado na segunda-feira (23), quando um morcego foi encontrado caído no chão no Jardim Elisa e recolhido pela equipe do Centro de Controle de Zoonose (CCZ) do município.
A raiva é uma doença que pode ser transmitida pela saliva dos animais infectados para os seres humanos, e de acordo com a veterinária do CCZ, Luciana Chyio, existem dois tipos diferentes de raiva, a que ocorre em cães e gatos e a que dá especificamente em morcegos. A melhor forma de prevenção é a vacinação nos animais domésticos. Desde 2005 não há registro de raiva canina em Foz do Iguaçu e por conta disso, o Ministério da Saúde não oferece mais a vacinação para ser aplicada de forma gratuita. Neste caso, donos de pets devem procurar clínicas veterinárias particulares. A vacina em humanos é aplicada somente em grupos de risco, como veterinários, estudantes e funcionários dos centros de vigilância.
"Na raiva ocorrida em cachorros, o animal fica agitado, agressivo, se esconde de locais com muita claridade. Já a raiva dos morcegos, ocorre a paralisia, é mais neurológica. Nos dois casos pode levar à morte", explicou a veterinária em entrevista para a RPC. Nos humanos, atinge o sistema nervoso central e a pessoa pode vir a falecer.
Caso qualquer pessoa tenha sido mordido ou teve contato com algum animal infectado deve lavar o local do contato com água e sabão para diminuir a circulação do vírus e procurar a UPA João Samek o quanto antes.
O CCZ orienta para que se algum morcego for encontrado pelo chão, ou até mesmo ser visto durante o dia já que o animal possu hábitos noturnos, deve chamar imediatamente uma equipe até o local, pelos telefones (45) 99997-4448 e (45) 3524-5838.